IA e PPPs: as estratégias de Goiás, Mato Grosso do Sul e Piauí para ampliar o agro

Mesmo com um agro pujante, o Brasil ainda possui espaço para expandir o setor em diversos estados. Na avaliação de Ronaldo Caiado, governador de Goiás, o investimento em inovação e tecnologia é precípuo para aumentar a produtividade das principais commodities, uma vez que soja, milho e cana — e outros cultivares, uma vez que arroz e trigo.

“Acredito na ciência. Hoje, cultivamos variedades capazes de compreender subida produtividade mesmo em áreas de Fechado — regiões que, muitas vezes, são mais inóspitas do que imaginamos. Com esses avanços, o estado voltou a produzir arroz, mostrando o impacto positivo das inovações agrícolas”, afirmou Caiado durante o AgroForum, evento promovido pelo BTG Pactual (do mesmo grupo controlador da EXAME).

Para o governador, diante de situações climáticas extremas, uma vez que as enchentes que afetaram o Rio Grande do Sul entre abril e maio deste ano e as queimadas que assolaram todo o país, torna-se cada vez mais necessário desenvolver estratégias que mitiguem os impactos ambientais, que afetam diretamente os agricultores. O estado de Goiás, por exemplo, enfrentou quase seis meses de estiagem severa, uma das piores secas dos últimos 30 anos.

“Criamos um núcleo de perceptibilidade sintético na Universidade Federalista de Goiás (UFG), em parceria com a Huawei, onde desenvolvemos robôs e drones com tecnologia 5G. Ou por outra, adotamos práticas voltadas ao reverência e à preservação das bacias hidrográficas”, afirmou Caiado.

Goiás e Mato Grosso, por exemplo, lideram o projeto “Juntos pelo Araguaia”, uma iniciativa dedicada à recuperação do rio Araguaia. O projeto já restaurou 5 milénio hectares ao longo do rio, sendo o maior programa de recuperação de bacias no país, e está previsto para porfiar cinco anos.

Segundo Caiado, o estado deve promover o empreendedorismo, facilitar os processos para quem quer produzir e envolver a iniciativa privada para pensar em soluções para o agro Goiás é um dos principais produtores de milho, soja, tomate e sorgo do país.

Parceria-público-privada

A utilização de parcerias público-privadas (PPP) para impulsionar o setor de infraestrutura e o agronegócio sítio também é uma das bandeiras do governador do Piauí, Rafael Fonteles. Para ele, os investimentos feitos pelo estado nos últimos anos permitiram que o Piauí se tornasse “o melhor estado para se investir atualmente”.

“Temos tido relatos de produtores com resultados impressionantes já na primeira safra, alcançando, em fazendas irrigadas, por exemplo, mais de 80 sacas de soja por hectare. Na segunda safra de algodão, foram mais de 800 arrobas por hectare, em um sistema de subida tecnologia que aproveita as condições naturais do estado, uma vez que solo fértil, iluminação numeroso e um extenso lençol freático”, afirmou Fonteles.

O escoamento da safra é um dos maiores desafios para o produtor, segundo o governador. Ele destacou que o Piauí já investiu em rodovias, ainda que as considere insuficientes, por meio de PPPs, para escoar secção da produção. O próximo passo, agora, são as hidrovias, que deverão seguir uma estrutura semelhante.

O objetivo é conectar o sul do Piauí ao Porto de Luís Correia, que passou mais de 50 anos semiconstruído. Essa conexão, conforme explica Fonteles, poderá ser realizada por via rodoviária ou hidroviária, aproveitando o Rio Parnaíba — o maior rio do Nordeste, que foi navegável até a dez de 1970.

“Devemos lançar um edital para uma PPP que envolva a via e o porvir terminal graneleiro no Piauí. Sabemos que o maior porto do Roda Setentrião é o Itaqui, mas ainda há espaço para expansão. Estamos definindo a modelagem, e a teoria é que essa seja uma PPP estadual. A previsão é de uma redução de até 25% no dispêndio do frete”, declarou Fonteles. “É urgente que o Brasil avance também na tarifa das ferrovias e hidrovias.

Segurança fomentar e transição energética

Para Eduardo Riedel, governador do Mato Grosso do Sul, além das PPPs, amplamente utilizadas em sua gestão para expandir a cobertura em infraestrutura, a segurança fomentar e a transição energética são temas essenciais para a competitividade do agronegócio brasiliano. O estado é um dos principais produtores de soja e milho do país.

“Essa estratégia cria uma exigência de subida competitividade, envolvendo infraestrutura, simplificação tributária e um busto regulatório favorável à atração de novos negócios. Há também uma potente discussão sobre o balanço de carbono, e o Mato Grosso do Sul projeta atingir a neutralidade de carbono até 2030, impulsionado por investimentos consistentes no setor”, afirmou Riedel.

Uma das técnicas defendidas por Riedel é o plantio direto, prática genuinamente brasileira que garante altos níveis de produtividade e vitualhas de qualidade para o colono. “Nosso maior potencial está no que temos desenvolvido, uma vez que o plantio direto. Embora pareça uma prática simples, ela absorve milhões de toneladas de carbono por ano. Temos uma oportunidade ampla diante de nós e não podemos perder esse momento”, destacou.

O plantio direto é uma técnica agrícola que consiste em semear diretamente no solo sem revolvê-lo, ou seja, sem aração ou gradagem. O termo “plantio direto na palha” refere-se à prática de manter o solo protegido por resíduos, uma vez que a palhada de safras anteriores, ajudando a preservar a umidade e a estrutura do solo.

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