Dólar cai 1% com reunião entre Lula e Haddad e eleição nos EUA; Ibovespa sobe

O dólar abriu esta segunda-feira (4) em baixa diante de o real, posteriormente ter fechado a sexta no maior valor desde maio de 2020, com investidores à espera dos desdobramentos de reunião em Brasília do ministro da Rancho, Fernando Haddad, com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na expectativa de que possa trazer novidades na extensão fiscal.

Às 10h18, o dólar à vista caía 1,02%, a R$ 5,8090 na venda.

No mesmo horário, o Ibovespa, referência do mercado acionário brasílio, subia 1,05%, a 129.460,09 pontos.

No domingo (3), o Ministério da Rancho informou que Haddad havia cancelado a pedido do presidente Lula viagem à Europa marcada para esta semana, para se destinar “aos temas domésticos”.

O principal tema doméstico é justamente a questão fiscal. Pretérito o segundo vez das eleições municipais, o mercado espera que o governo anuncie o quanto antes medidas de contenção de despesas, uma vez que havia sido prometido pela equipe econômica.

A agenda de Lula para esta segunda-feira prevê reunião às 9h com Haddad, juntamente dos ministros da Vivenda Social, Rui Costa; das Relações Exteriores, Mauro Vieira; e da Secretaria-Universal, Márcio Macêdo.

Na sexta-feira, em meio à suspeição na política fiscal do governo Lula e aos receios de eventual vitória do republicano Donald Trump na disputa com a democrata Kamala Harris nos EUA, o dólar fechou em subida de 1,53%, aos 5,8699 reais, maior valor desde 13 de maio de 2020.

O simples indumentária de Haddad ter ficado em Brasília já abriu espaço para uma correção de baixa do dólar e das taxas dos DIs (Depósitos Interfinanceiros), pelo menos neste início de sessão.

Esta segunda-feira também abre uma semana repleta de eventos com implicações econômicas, em próprio a eleição presidencial norte-americana, na terça-feira (5); a decisão sobre juros do Banco Medial do Brasil, na quarta (6); e o proclamação de política monetária do Federalista Reserve, na quinta (7).

O exterior contribuía para o movimento visto no Brasil, com o dólar em baixa diante de praticamente todas as demais divisas e os rendimentos dos Treasuries em queda firme neste início de sessão. Às 9h38, o índice do dólar — que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas — caía 0,28%, a 103,650.

Lá fora, o foco principal é a eleição norte-americana, com as campanhas de Trump e Kamala buscando votos decisivos nos sete estados que decidirão a disputa.

Relatório Focus

Mais cedo, o relatório Focus do BC mostrou que a mediana das projeções do mercado para o dólar no termo de 2024 passou de R$ 5,45 para R$ 5,50. A projeção de inflação neste ano foi de 4,55% para 4,59% e para o próximo ano passou de 4,00% para 4,03% — em ambos os casos supra do meio da meta de inflação, de 3%.

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*Com informações da Reuters



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