Agnaldo Rayol e a Jovem Guarda: conheça relação do cantor com o movimento
O cantor Agnaldo Rayol morreu, na madrugada desta segunda-feira (4), aos 86 anos, depois tolerar uma queda em sua mansão, em Santana, na zona setentrião de São Paulo.
Possuinte de um grande legado, o músico carioca ficou divulgado pela voz de barítono e um repertório romântico.
Com mais de sete décadas de curso, o artista interpretou canções italianas, clássicos da música brasileira, ópera e grandes destaques da MPB e Jovem Guarda – movimento cultural que existiu no Brasil em meados da dezena de 1960, tendo nomes uma vez que Roberto Carlos, Erasmo Carlos e Wanderléa.
Inspirado pelo rock-and-roll e o soul, a Jovem Guarda iniciou-se com um programa de auditório, transmitido pela Record TV, que influenciava o cenário músico, a tendência, o comportamento e até o vocabulário dos jovens deste período.
Em um trecho do filme “Jovem Guarda 50 anos”, disponibilizado no YouTube, Agnaldo, que também teve os próprios programas televisivos na emissora, uma vez que “Agnaldo Rayol Show” e “Incisão Rayol Show”, relembrou sua participação na atração de sucesso.
“Quando fui para a Record TV, a Jovem Guarda já estava no ar, e o Fino da Bossa também. Éramos todos amigos, eu ia ao programa do Roberto [Carlos], o Roberto ia no meu, eu ia ao programa da Elis [Regina]. Cantei com Jair Rodrigues diversas vezes. Não existia essa coisa da rivalidade”, contou ele.
“Talvez, essa rivalidade um pouquinho maior, era entre o Fino da Bossa e a Jovem Guarda. Porque eram gêneros distintos, quem era fã da Jovem Guarda, era fã da Jovem Guarda. Quem era fã do Fino da Bossa, era fã de Fruto da Bossa. Isso, com o tempo, depois surgir Caetano Veloso, Gal Costa e Gil, e a Tropicália, foi sumindo”, acrescentou.
Agnaldo também afirmou que, de forma universal, foi um muito para a música brasileira. “A gente não tem mais uma flanco daqui, uma flanco de lá. É música popular brasileira”, concluiu.
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