Brasil pode perder o Pantanal até o fim do século, diz Marina Silva

A ministra do Meio Envolvente, Marina Silva, disse nesta quarta-feira (4) que o Pantanal pode deixar de viver até o final deste século. Marina fez a enunciação em audiência pública na Percentagem de Meio Envolvente do Senado, para a qual foi convidada para falar sobre queimadas.

“Segundo os pesquisadores, se continuar esse fenômeno, o diagnóstico é de que poderemos perder o Pantanal até o final do século. Isso tem um nome: baixa precipitação, cume processo de evapotranspiração, não conseguindo depreender a prestação de enxurrada, nem dos rios nem da planície alagada”, disse a ministra.

Segundo ela, a cada ano a cobertura vegetal da região diminui em razão do desmatamento e de queimadas, o que prejudica a bacia.

Sobre a seca e os incêndios que atingiram segmento do país no último mês, a ministra ressaltou que as ações preventivas do governo desde 2023 foram importantes para que a situação não fosse “completamente incontrolável”.

Marina disse ainda que o esforço do governo federalista para o combate a esses fenômenos é para “empatar o jogo”, já que as condições climáticas estão críticas.

Ainda assim, a ministra voltou a proferir que a ação humana tem tributo no cenário atual e que segmento dos incêndios são criminosos.

“Obviamente, não é um fator em função somente da mudança do clima. Ele é um agravante, mas é sobretudo em função de uma visão inadequada de uma vez que fazer o uso do queima, da floresta e da biodiversidade”, disse.

Orçamento

Durante a audiência, quando questionada por senadores a saudação do espeque do governo federalista para ações do ministério, principalmente no que tange ao orçamento e a galanteio de gastos, Marina Silva disse que a máquina pública vive um paradoxo e defendeu o ministro da Rancho, Fernando Haddad.

“Há uma cobrança sobre responsabilidades fiscais, de que o governo não deve extrapolar o teto de gastos… meu querido companheiro ministro da Rancho, realmente tem que ter uma almofada no lombo, porque o tempo todo batem para que ele galanteio e aí ele é criticado porque cortou”, disse.

De entendimento com Marina, há cortes sendo feitos em todos os ministérios para satisfazer com o teto de gastos, mas há também um esforço contínuo para uma suplementação orçamentária desses gastos.

“Além de repor o que vossas excelências cortaram, o governo acabou de confirmar um crédito insólito de R$170 milhões para o combate aos incêndios. Portanto, não procede as informações de que o governo não está priorizando [o Ministério do Meio Ambiente]. Está priorizando, e muito”, completou Marina.

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