As ações de Moraes não fazem nem cócegas em Musk

Montagem iG / Crédito: Wikicommons

Embate entre ministro e bilionário dura meses

No início dos anos 1990, duas personalidades começaram uma bulha através das páginas dos jornais. A disputa verbal foi crescendo e passou a incorporar golpes aquém da risca da cintura. De tão virulenta, a pendenga virou tópico entre os jornalistas. Em um determinado dia, me aproximei de uma rodinha de amigos, que debatiam o conflito zero elegante entre as duas figurinhas carimbadas na prelo. Alguém me perguntou o que eu achava daquele duelo. Respondi: “Acho que os dois têm razão”.

Naquele desentendimento, os xingamentos nivelaram por reles o nível das discussões e descortinaram vaidades e características indesejáveis dos dois lados. Descontroles à segmento, é também o que acontece hoje entre o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federalista, e o bilionário Elon Musk. Os dois são personagens controversos, duros na queda e não gostam de perder – daqueles que dobram a aposta o tempo todo. A desavença escalou para uma dimensão tão subida que, em dimensões diferentes, pode-se proferir que nenhum dos dois lados tem razão ao adotar uma estratégia tão agressiva.

De um lado,  Moraes pode ser culpado de agir em obséquio da exprobação, alijando muro de 20 milhões de brasileiros da  plataforma X. Por outro lado, é provável proferir que, se  Elon Musk atua no Brasil (com representantes legais ou não), sua empresa precisa obedecer à Justiça vernáculo (vamos deixar de lado, por um momento, se o juiz Moraes está visível ou não em fazer exigências à empresa de Musk). É provável proferir que, a esta profundidade do campeonato, a pinimba ganhou contornos de disputa pessoal. Mas há um fator interessante neste conflito. Até agora, Moraes sempre usou três tipos de armas para obter o que deseja de seus alvos.

A primeira é a ordem judicial. Musk, uma vez que não é cidadão brasílico, preferiu ignorar os desígnios de Moraes e seguiu em frente.

A outra é impingir sanções econômicas – uma vez que sequestrar o caixa da Starlink no país ou desligar a plataforma X para usuários brasileiros. Ocorre que, do outro lado, está um bilionário teimoso, que não se importa em torrar o próprio quantia para proteger seu ponto de vista.

Por término, há o pânico que a poder plenipotenciária de Moraes inflige nos cidadãos brasileiros. Esse temor, no entanto, nem passa pela porta do escritório de Musk. Pelo contrário, é combustível — e dos bons — para essa bulha.

Moraes deve estar muito irritado com a situação, pois nenhuma de suas ferramentas usuais conseguiu zarpar o bilionário. Pelo contrário, ele parece ter renovada a disposição de continuar a discussão pública.

Para piorar, o debate sobre os eventuais arroubos ditatoriais de Moraes deixou de ser regional e virou um tema internacional. A prelo dos Estados Unidos e da Europa começou a escoltar a atuação do STF junto às redes sociais e à prelo em universal. Um cláusula no New York Times, inclusive, apontou que a proibição do ex-Twitter só encontra ações similares em países ditatoriais.

“Vários governos autoritários baniram o X, incluindo China, Rússia, Irã e Coreia do Setentrião. Algumas outras nações bloquearam temporariamente o site em determinadas ocasiões. Em 2021, a Nigéria suspendeu o serviço por muro de sete meses em seguida a empresa remover postagens do portanto presidente do país ameaçando grupos separatistas” , escreveram os jornalistas Jack Nicas (correspondente no Rio de Janeiro) e Kate Conger, do NYT.

A coisa está tão agressiva que Musk publicou uma foto gerada por perceptibilidade sintético mostrando Moraes em uma calabouço. “Um dia, Alexandre, essa foto sua na prisão será real. Guarde minhas palavras”, escreveu o bilionário.

Nesta toada, os próximos posts devem lucrar tons ainda mais dramáticos. Preparem seus corações.

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