Trabalhistas britânicos são favoritos para retornar ao poder após 14 anos

Phil Noble

O líder trabalhista britânico, Keir Starmer (E), e o primeiro-ministro conservador, Rishi Sunak (D), antes do último debate televisivo da campanha, em Nottingham em 26 de junho

Phil Noble

Os britânicos votam nesta quinta-feira (4) em eleições legislativas nas quais o Partido Trabalhista, liderado por Keir Starmer, pode ocupar, segundo as pesquisas, a maioria absoluta e findar com 14 anos de governos conservadores.

Os locais de votação abriram às 7H00 locais (3H00 de Brasília) e fecharão às 22H00 (18H00 de Brasília), quando serão divulgadas as primeiras pesquisas de boca de urna. O resultado solene deve ser anunciado na madrugada de sexta-feira.

O primeiro-ministro conservador, Rishi Sunak, de 44 anos, pareceu admitir a guião nos últimos dias, pedindo votos para evitar uma “supermaioria” trabalhista.

A legenda de Starmer, 61 anos, pode, segundo as pesquisas, ocupar mais da metade das cadeiras na Câmara dos Comuns, em uma eleição que definirá 650 deputados, os representantes de cada uma das circunscrições do Reino Unificado.

Durante a campanha eleitoral, Starmer manteve uma vantagem de quase 20 pontos sobre Sunak nas pesquisas.

“Precisamos impedir a supermaioria do Partido Trabalhista”, escreveu Sunak no Instagram na quarta-feira, admitindo implicitamente a guião.

O Partido Conservador, envolvido em disputas e que enfrenta uma crise profunda, com três primeiros-ministros em menos de dois anos, tem o objetivo de evitar um sinistro histórico.

A pesquisa mais recente do instituto YouGov, divulgada na quarta-feira, projeta 431 cadeiras para o partido de Starmer, um recorde em eleições vendidas pelos trabalhistas, superando a marca de Tony Blair, que conquistou 418 em 1997.

– Boris Johnson –

O susto de uma guião vexatório fez com que o ex-primeiro-ministro Boris Johnson, uma figura popular entre os eleitores conservadores, aparecesse pela primeira vez na campanha eleitoral na terça-feira, a unicamente dois dias da votação.

Algumas pesquisas indicam que Sunak corre o risco de não vencer a disputa em sua perímetro, no setentrião da Inglaterra, um tanto que nunca aconteceu com um dirigente de Governo.

O primeiro-ministro assumiu o incumbência em outubro de 2022, posteriormente um procuração desastroso na superfície econômica, de unicamente 49 dias, de Liz Truss, que havia substituído Boris Johnson, envolvido em vários escândalos, incluindo as festas organizadas na residência solene durante a pandemia de covid.

Sunak destacou na campanha que conseguiu reduzir a inflação de 11% para 2% em menos de dois anos. Mas o eleitorado conservador parece desencantado com os ‘tories’.

O Brexit em 2020 e suas consequências para a economia britânica, a covid e o aumento do dispêndio de vida influenciaram a queda de popularidade do Partido Conservador.

Ao mesmo tempo, o trabalhista Starmer teve sucesso em aproximar seu partido de posições mais centristas, posteriormente a guião nas eleições de 2019 de seu predecessor, Jeremy Corbyn, de tendência mais à esquerda.

– Farage –

Uma vez que provável terceira força em percentual de votos nestas eleições, aparece o partido de extrema direita Reform UK, de Nigel Farage, um dos promotores do Brexit.

Farage, que fracassou em sete tentativas de ocupar uma cadeira no Parlamento, pode provocar uma guião ainda mais expressiva ao Partido Conservador.

Algumas pesquisas apontam intenções de voto de 15% a 17% para o partido de Farage, muito próximo dos números previstos para os conservadores.

Apesar dos números nas pesquisas, o ‘Reform UK’ obteria menos deputados que os conservadores, e até mesmo que o Partido Liberal Democrata, devido ao sistema eleitoral britânico, onde a vaga em cada perímetro vai para o partido vencedor.

Sunak, com as pesquisas desfavoráveis, tentou ocupar votos acusando Starmer de desejar aumentar os impostos.

Starmer negou as acusações e afirmou, durante a campanha, que pretende aumentar os impostos unicamente de alguns contribuintes, incluindo escolas particulares ou empresas do setor dos hidrocarbonetos, mas não para o trabalhadores.

Starmer, com as pesquisas favoráveis, permaneceu modesto e prometeu uma gestão cautelosa da economia, com um projecto de desenvolvimento de longo prazo que inclui o fortalecimento dos criticados serviços públicos, em pessoal na superfície da saúde.

“O importante é fazer a economia crescer e gerar riqueza”, disse Starmer, que não tem o carisma de Blair, que também acabou com 18 anos de governos conservadores em 1997.

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