ONU considera ‘incompreensível’ número de palestinos mortos na Cisjordânia desde 7 de outubro
O basta comissário da ONU para os Direitos Humanos, Volker Turk, em 29 de fevereiro de 2024, em Genebra
Fabrice Coffrini
O basta comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Volker Turk, pediu nesta terça-feira (4) o termo da violência na Cisjordânia ocupada e afirmou que é “obscuro” que mais de 500 palestinos tenham sido mortos no território palestino desde 7 de outubro.
“Uma vez que se os trágicos eventos em Israel e depois em Gaza nos últimos oito meses não fossem suficientes, a população da Cisjordânia ocupada também está submetida, dia depois dia, a um efusão de sangue sem precedentes”, afirmou Turk em enviado.
“É obscuro que tantas vidas tenham sido perdidas desta maneira sem sentido”, acrescentou.
A Cisjordânia, ocupada por Israel desde 1967, registra um aumento da violência desde o início da guerra entre Israel e o movimento islamista palestino Hamas, em 7 de outubro, em Gaza.
Em 1º de junho, as forças israelenses mataram um jovem palestino e feriram outro nas imediações dos campos de refugiados de Aqabat Jabr, perto da cidade de Jericó, afirmou Turk no enviado. O segundo jovem faleceu no dia seguinte.
“A sua morte, assim uma vez que a de outros quatro palestinos assassinados pelas forças de segurança israelenses na segunda-feira, eleva para 505 o número de palestinos mortos desde 7 de outubro, segundo informações avaliadas pela sucursal de direitos humanos da ONU”, afirmou.
As autoridades palestinas afirmam que pelo menos 522 palestinos morreram na Cisjordânia em ataques de soldados ou colonos israelenses desde o início do conflito.
No mesmo período, 24 israelenses, incluindo oito membros das forças de segurança, morreram na Cisjordânia e em Israel em confrontos ou supostos ataques de palestinos no território ocupado, afirma o enviado da ONU.
“Os assassinatos, a ruína e as violações generalizadas dos direitos humanos são inaceitáveis e devem parar imediatamente”, exigiu Turk, que fez um apelo a Israel para “adotar e impor normas de compromisso”, que obedeçam às leis em termos de direitos humanos.
A missão diplomática israelense em Genebra reagiu dizendo em um enviado que desde 7 de outubro, “a atividade terrorista aumentou drasticamente na Cisjordânia”, com “mais de 500 ataques” perpetrados por palestinos neste território ocupado.
“Essa é a veras que o Cume Comissariado escolheu ignorar e desestimar”, afirmou a missão diplomática, que prometeu que Israel “seguirá operando contra o terrorismo palestino”.
