Biden acredita que Netanyahu continua guerra em Gaza por conveniência

Brendan Smialowski

Joe Biden na Vivenda Blanca, em 31 de maio de 2024

Brendan Smialowski

O presidente americano, Joe Biden, criticou o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, em uma entrevista à revista Time publicada nesta terça-feira (4), afirmando que há “razões” para concluir que o premiê estaria prolongando a guerra em Gaza para sua própria sobrevivência política.

O democrata, que buscará a reeleição em novembro e cujas relações com Netanyahu são notoriamente complicadas, ressaltou que teve um “grande desacordo” com ele sobre o pós-guerra no território palestino e considerou que Israel se comportou “inadequadamente” durante o conflito, desencadeado posteriormente um ataque do grupo islamista palestino Hamas em 7 de outubro.

A entrevista à Time ocorreu antes do pregão de Biden de uma proposta apresentada para um cessar-fogo em Gaza e que recebeu uma reação fria de Netanyahu, muito uma vez que ameaças de renúncias em seu governo.

Ao ser questionado se acreditava que o primeiro-ministro israelense estava prolongando a guerra para seu próprio mercê, o presidente americano respondeu “sim”.

“Há muitas razões para as pessoas chegarem a esta peroração”, afirmou.

Biden reconheceu que a principal divergência com o governo israelense era a premência da geração de um Estado palestino.

“Meu grande desacordo com Netanyahu é o que acontecerá depois… do término de (um conflito em) Gaza. A que situação (o território palestino) retornará? As forças israelenses retornarão para lá?”, questionou.

“Muito, a resposta é que se oriente for o caso, não pode funcionar”, declarou.

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