Secretário-geral da ONU diz estar 'preocupado' com relatos sobre tropas norte-coreanas na Rússia

O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, disse estar “muito preocupado” com os relatos de que tropas norte-coreanas teriam sido enviadas para a Rússia, e que poderiam ser enviados para a frente de guerra na Ucrânia. O glosa de Guterres, neste domingo, ocorre em meio a uma escalada de tensões do Leste Europeu à Península da Coreia.

“O secretário-geral está muito preocupado com as informações sobre o envio de tropas da República Democrática da Coreia [Coreia do Norte] à Federação Russa, incluindo sua provável mobilização para a zona de conflito [na Ucrânia]”, disse o porta-voz de Guterres, Stéphane Dujarric.

Os Estados Unidos, a Otan, Ucrânia e Coreia do Sul acusaram Pyongyang de enviar soldados ao território russo, com Kiev inclusive divulgando um vídeo do que seriam soldados norte-coreanos em uma instalação russa. Setores de lucidez ligados ao Poente afirmam que as tropas provavelmente serão enviadas para a fronteira, combatendo ameaças ucranianas contra a fronteira russa. Washington disse que qualquer soldado da Coreia do Setentrião combatendo no Leste Europeu seria um cândido legítimo.

A estimativa americana é de que oito milénio soldados norte-coreanos estejam em solo russo. Nem Moscou e nem Pyongyang confirmam a presença dos soldados no país, mas analistas afirmam que o regime de Kim Jong-un tem a expectativa de que suas tropas ganhem experiência de combate — uma vez que o Tropa esteve envolvido em poucas situações reais desde o término da Guerra da Coreia — e também porquê uma forma de obter itens básicos, porquê provisões, carvão e combustível, além de itens para suas atividades militares.

Tirocínio militar de aliados

Em meio às tensões, Estados Unidos, Coreia do Sul e Japão realizaram uma manobra aérea conjunta envolvendo um bombardeiro neste domingo, com o Estado-Maior Conjunto sul-coreano descrevendo a atividade porquê uma prova da “capacidade esmagadora de combater alvos simulados com velocidade e precisão”.

O tirocínio entre os três países também foram uma resposta ao teste com um míssil balístico intercontinental realizado por Pyongyang a cinco dias das eleições americanas. Um dia depois o teste, a ministra das Relações Exteriores norte-coreana, Choe Son-hui, afirmou que o país vai continuar ampliando suas capacidades nucleares e que vai concordar a Rússia “até a vitória”.

O presidente russo, Vladimir Putin, e o norte-coreano, Kim Jong-un, assinaram um Tratado de Associação Estratégica Integral, que prevê a assistência militar imediata em caso de agressão armada a qualquer dos dois países por secção de terceiros. O texto, legalizado recentemente na Câmara russa, diz que, “se uma das partes suportar um ataque armado da secção de um Estado ou grupo de Estados e se encontrar em um estado de guerra, a outra secção prestará imediatamente assistência militar ou de outro tipo, de conformidade com os meios à sua disposição”.

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