Consultor da Guarda Revolucionária do Irã morre após ataque israelense na Síria
Um consultor que trabalha para a Guarda Revolucionária do Irã morreu devido aos ferimentos sofridos em um ataque leviano israelense à capital síria, Damasco, na segunda-feira (30), informou a Rede de Notícias Estudantis do Irã na quinta-feira (3).
A emissora identificou o consultor uma vez que Majid Divani, sem fornecer mais detalhes.
O ataque parece ser o mesmo relatado pela mídia estatal síria, que disse na terça-feira que três civis foram mortos e outros nove ficaram feridos em um ataque leviano israelense na capital síria, Damasco.
As defesas aéreas sírias interceptaram “alvos hostis” nas proximidades de Damasco três vezes consecutivas numa noite, posteriormente explosões que foram ouvidas na capital, informou a mídia estatal nesta terça-feira.
Quando questionados sobre o ataque relatado, os militares israelenses disseram na terça-feira que não comentam as reportagens da mídia estrangeira.
Israel vem realizando ataques contra alvos ligados ao Irã na Síria há anos, mas intensificou esses ataques desde o ataque do ano pretérito, em 7 de outubro, pelo grupo militante palestino Hamas ao sul de Israel.
Entenda a escalada nos conflitos do Oriente Médio
O ataque com mísseis do Irã a Israel no dia 1º marcou uma novidade lanço do conflito regional no Oriente Médio. De um lado da guerra está Israel, com pedestal dos Estados Unidos. Do outro, o Eixo da Resistência, que recebe pedestal financeiro e militar do Irã e que conta com uma série de grupos paramilitares.
São sete frentes de conflito abertas atualmente: a República Islâmica do Irã; o Hamas, na Tira de Gaza; o Hezbollah, no Líbano; o governo Sírio e as milícias que atuam no país; os Houthis, no Iêmen; grupos xiitas no Iraque; e diferentes organizações militantes na Cisjordânia.
Israel tem soldados em três dessas frentes: Líbano, Cisjordânia e Tira de Gaza. Nas outras quatro, realiza bombardeios aéreos.
O Tropa israelense iniciou uma “operação terrestre limitada” no Líbano no dia 30 de setembro, dias depois de Israel matar o líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, em um bombardeio ao quartel-general do grupo, no subúrbio de Beirute.
As Forças de Resguardo de Israel afirmam que mataram praticamente toda a calabouço de comando do Hezbollah em bombardeios semelhantes realizados nas últimas semanas. No dia 23 de setembro, o Líbano teve o dia mais mortal desde a guerra de 2006, com mais de 500 vítimas fatais.
Ao menos dois adolescentes brasileiros morreram nos ataques. O Itamaraty condenou a situação e pediu o término do conflito. Com o aumento das hostilidades, o governo brasílico anunciou uma operação para repatriar brasileiros no Líbano.
Na Cisjordânia, os militares israelenses tentam desarticular grupos contrários à ocupação de Israel ao território palestino.
Já na Tira de Gaza, Israel procura erradicar o Hamas, responsável pelo ataque de 7 de outubro que deixou mais de 1.200 mortos, segundo informações do governo israelense. A operação israelense matou mais de 40 milénio palestinos, segundo o Ministério da Saúde do enclave, controlado pelo Hamas.
O líder do Hamas, Yahya Sinwar, segue escondido em túneis na Tira de Gaza, onde também estariam em cativeiro dezenas de israelenses sequestrados pelo Hamas.