Cenipa está no México investigando incidente em Aerolula
Dois militares do Núcleo de Investigações e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) chegaram ao México para apurar o que ocorreu com o avião presidencial que precisou fazer um pouso de emergência na terça-feira (1). Segundo apurou a CNN, não há prazo para um relatório preparatório sobre o incidente com a avião.
Além dos investigadores do Cenipa, dois mecânicos que estavam no avião estão trabalhando para identificar a falta. Dependendo do resultado da perícia, a FAB poderá realizar reparos no avião, uma vez que a substituição de peças, diretamente na Cidade do México, se necessário.
Em nota, o comandante da Força Aérea Brasileira (FAB), tenente-brigadeiro do ar Marcelo Kanitz Damasceno, ressaltou que o Cenipa recebeu neste ano o proporção o supremo de conformidade dos protocolos internacionais de investigação, em auditoria realizada pela Organização da Aviação Social Internacional (OACI). “Unicamente o Brasil e a França atingiram esse proporção”, informou.
O comandante adiantou que a tripulação, no momento do incidente, adotou todas as medidas de segurança recomendadas, mantendo o controle totalidade da avião e da situação.
“É fundamental primar o mais ressaltado nível de preparo e treinamento das nossas tripulações. O efetivo do Grupo de Transporte Próprio, Organização Militar com mais de 70 anos de história conduzindo os que conduzem a país, passa por uma extensa e rigorosa seleção, que leva em conta, além do seu perfil psicossocial, sua experiência profissional e operacional”, completou.
Outrossim, segundo ele, a equipe está devidamente certificada pelos mais rigorosos critérios internacionais de segurança.
“Não obstante, são submetidos, ainda assim, a uma rígida rotina de treinamentos, incluindo simuladores de voo e reuniões constantes para troca de experiências. Por isso, em seguida seguirem os protocolos de operação previstos e o necessário gerenciamento de combustível, mantiveram a avião em rodeio de espera até que esta estivesse em condições de realizar o pouso em segurança”.
O avião precisou sobrevoar a capital mexicana por muro de cinco horas para queimar combustível e realizar um pouso seguro.
“Nosso compromisso com a segurança de voo é inegociável e seguimos diretrizes que garantem que qualquer eventual anomalia técnica seja tratada com desembaraço e precisão”, afirmou o comandante.
O brigadeiro explicou ainda que as aeronaves da FAB estão sempre em condições ideais de operação e que a segurança, a transparência e a eficiência serão sempre prioridades.
Avião sofreu anomalia técnica em seguida a decolagem
Na nota, o comandante da Aviação também disse que a avião experimentou uma anomalia técnica em seguida a decolagem, “resultando em subida vibração em uma das turbinas”.
O avião em que estava o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) apresentou problemas técnicos no motor logo em seguida decolar da Cidade do México. A avião tinha uma vez que fado Brasília.
A partir disso, o avião precisou retornar. Entretanto, por estar com o tanque referto, não foi autorizado a pousar. Para esvaziar o tanque de combustível, a avião realizou sobrevoos próximo ao aeroporto.
A prática de sobrevoo é considerada generalidade na aviação.
O piloto fica dando voltas para gastar querosene e, dessa forma, prometer a segurança do pouso não programado.
Porquê a avião decola pesada, com combustível suficiente para todo o trajeto, o tanque precisa ser esvaziado para diminuir o peso do veículo.
Em alguns casos, os aviões despejam querosene no ar para açodar esse processo.
Isso evita o chamado pouso tipo “overweight” – um procedimento que pode provocar enrugamento de chapas e painéis devido ao movimento de flexão das asas cheias de combustível no momento do toque “duro” na pista, muito uma vez que dos painéis dos motores, das pernas do trem de pouso e dos pneus.
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