Tributária, Anistia e Banco Central: CCJ do Senado deve retomar trabalhos com pauta cheia

A partir das próximas semanas, a Percentagem de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado será palco de discussões importantes para o governo federalista.

O colegiado analisará a regulamentação da reforma tributária e uma série de Propostas de Emendas à Constituição (PECs) que foram motivos de polêmicas nos últimos meses, porquê as PECs da Anistia, do Banco Meão e do Marco Temporal das Terras Indígenas.

Caberá ao presidente do colegiado, Davi Alcolumbre (União-AP), pautar a discussão e votação dos projetos. A estudo dos textos deve esbarrar em um cronograma apertado de votações no Congresso, comprometido pelas eleições municipais de 2024.

Antes do recesso parlamentar, Alcolumbre garantiu a estudo em agosto, no retorno dos trabalhos, da PEC sobre anistia de multas de partidos políticos e da PEC sobre a autonomia do Banco Meão – essa última, entretanto, ainda não tem pacto com o governo.

A primeira sessão da CCJ posteriormente o recesso está prevista para esta quarta-feira (7). No entanto, os itens de maior destaque na tarifa do colegiado devem ser analisados somente a partir da semana seguinte.

PEC do Banco Meão

A votação da proposta foi adiada em julho a pedido do governo, que é contra transformar o BC em uma empresa pública. A PEC muda o regime jurídico da instituição e garante independência técnica, operacional, administrativa, orçamentária e financeira ao BC.

O governo apresentou um texto recíproco para o relator Plínio Valério (PSDB-AM), que ainda analisa as mudanças sugeridas. Ele espera a votação do texto ainda em agosto.

PEC da Anistia

Aprovada pela Câmara em julho com esteio da maioria das bancadas partidárias, a PEC da Anistia perdoa multas de partidos que descumpriram cotas raciais nas eleições anteriores. O texto também permite refinanciamento de dívidas das legendas e de suas fundações, e autoriza o uso do Fundo Partidário para parcelar multas.

Presidentes de diversos partidos têm pressionado o Congresso para a aprovação célere do texto. O presidente da CCJ, Davi Alcolumbre, ainda não definiu um relator para a material. Antes do recesso parlamentar, o senador chegou a declarar que estava com dificuldades para encontrar um nome para assumir o parecer.

Reforma tributária

O principal projeto da regulamentação da reforma tramita em regime de urgência e precisa ser votado pelo Senado em até 45 dias. Líderes partidários defendem, entretanto, a retirada da urgência para negociar o texto com calma.

O projeto trata dos novos impostos criados pela reforma: o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), de cultura de estados e municípios; a Taxa sobre Bens e Serviços (CBS), que é federalista; e o Imposto Seletivo (IS).

PEC do Marco Temporal

Motivo de embate entre o governo e o Congresso, a tese do marco temporal da demarcação de terras indígenas foi considerada inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federalista (STF), mas o Congresso aprovou uma lei fixando o marco em 2023.

O pacto firmado pelo presidente da CCJ é explorar o texto no termo de outubro. Até lá os senadores aguardam um provável entendimento da percentagem de conciliação criada pelo ministro Gilmar Mendes, do STF, para o debate do tema. O colegiado terá representantes do Senado e deve iniciar os trabalhos na segunda-feira (5).

A PEC insere na Constituição o entendimento de que uma demarcação só pode ocorrer se for comprovado que a ocupação indígena desde 5 de outubro de 1988, data de promulgação da Constituição.

Outros projetos

Outro compromisso de Alcolumbre é o de pautar o projeto sobre a punição para quem invade ou ocupa áreas de praias. O projeto foi apresentado posteriormente a polêmica envolvendo a chamada PEC das Praias, que autoriza a venda de terrenos de marinha – a proposta também tramita na percentagem.

Também estão em estudo na CCJ outros temas considerados polêmicos, mas que ainda estão parados na percentagem:

  • Redução da suplente lítico em imóveis na Amazônia;
  • Novo Código Eleitoral e termo da reeleição;
  • Redução da maioridade penal para 16 anos;
  • Proibição da linguagem neutra em escolas;
  • Realização de plebiscito sobre a legalização do monstruosidade.

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