
O que se sabe sobre o acidente com dois aviões da FAB no interior de SP
Dois aviões da Força Aérea Brasileira (FAB) colidiram na última sexta-feira (1º) durante um treinamento no interno de São Paulo. O acidente ocorreu no município de Pirassununga, localizado a respeito de 210 quilômetros da capital paulista.
Não houve vítimas.
Foi o segundo acidente envolvendo aeronaves da FAB em menos de dez dias. Em 22 de outubro, um caça caiu perto da Base Aérea de Parnamirim, na região metropolitana de Natal, no Rio Grande do Setentrião. Na ocasião, também não houve vítimas.
Veja perguntas e respostas sobre o acidente
Uma vez que os pilotos conseguiram se salvar?
Uma avião pousou em segurança, enquanto a outra foi direcionada para uma região desabitada. O piloto conseguiu realizar os procedimentos de ejeção da avião e foi resgatado por uma equipe de salvamento da FAB.
Qual o protótipo das aeronaves?
São duas aeronaves Embraer T-27 Tucano, protótipo que substitui o Cessna T-37 da Liceu da Força Aérea (AFA).
O Tucano costuma ser usado em missões de instrução e prova aérea, além de executar voos administrativos, de manutenção operacional e formação de controlador de resguardo aérea.
Segundo a FAB, além do Brasil, diversos países utilizam o T-27 porquê avião de instrução devido à sua fabuloso manobrabilidade.
O que os aviões estavam fazendo no sítio?
As duas aeronaves estavam sendo utilizadas no treinamento de cadetes da AFA, uma das principais instituições de formação da FAB e responsável pelo treinamento dos pilotos militares da Aviação.
O que indica a investigação?
Informações iniciais apontam que o leme de uma avião se chocou com a hélice da outra, resultando em sérios danos a ambas.
“O Núcleo de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) investigará o acidente a termo de identificar os possíveis fatores contribuintes para evitar que novas ocorrências semelhantes ocorram”, informou a FAB em nota.
Uma vez que funciona o mecanismo de ejeção?
O mecanismo que salvou o piloto na sexta-feira, na colisão em Pirassununga, é o mesmo que ajudou a preservar a vida do piloto no acidente desatento de 22 de outubro, no Rio Grande do Setentrião.
“O objetivo é produzir força suficiente para o piloto se distanciar tapume de 60 metros da avião, intervalo segura para que ele não seja atingido pela rabo, por exemplo”, explicou o professor Valmar Gama, diretor de programas e tecnologia da Associação Brasileira de Segurança de Voo (Abravoo), sobre o mecanismo de ejeção dos aviões.
Essa força pode ser criada de duas formas:
- No sistema explosivo, o piloto aciona um divisão localizado embaixo do banco que explode e empurra o assento para cima – a cadeira é fixa em um trilho vertical.
- No sistema balístico, a cadeira é ejetada por foguetes laterais que fazem sua sustentação.
Atualmente, as aeronaves usam uma combinação dos dois sistemas –explosivo e balístico– para prometer a segurança da ejeção, afirma Gama. “A ejeção funciona, inclusive, com o avião parado e ao nível do solo.”
Veja porquê é o protótipo montanhoso
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Lançado em 1983, o T-27 Tucano é um avião de treinamento avançado, utilizado na instrução dos cadetes aviadores no último ano de formação. • Divulgação/Filial Força Aérea
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Lançado em 1983, o T-27 Tucano é um avião de treinamento avançado, utilizado na instrução dos cadetes aviadores no último ano de formação. • Divulgação/Filial Força Aérea
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Duas aeronaves T-27 Tucano, utilizadas em treinamento da Liceu da Força Aérea (AFA), colidiram durante voo de instrução, em Pirassununga (SP), nesta sexta-feira (1º). • Divulgação/Filial Força Aérea
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De contrato com a AFA, a similaridade da cabine T-27 Tucano com a de um avião de caça, ajuda a familiarizar os cadetes a esse tipo de avião. • Divulgação/Filial Força Aérea
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Além do Brasil, outros países também utilizam o T-27 porquê avião de instrução devido a sua manobrabilidade • Divulgação/Filial Força Aérea
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Informações preliminares dão conta de que o piloto da avião, que caiu nesta sexta-feira, conseguiu ejetar. • Divulgação/Filial Força Aérea
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Segundo a Liceu da Força Aérea, que fica no município, todos que estavam no avião estão muito e passam por atendimento médico. • Divulgação/Filial Força Aérea