
Gato de Schrödinger "vive" por 23 minutos em laboratório na China
Uma equipe de pesquisadores conseguiu manter o famoso Gato de Schrödinger vivo (e ao mesmo tempo morto) em laboratório por um período inédito de 23 minutos. O feito consiste na geração de um estado de sobreposição quântica, onde um objeto quântico está simultaneamente em vários estados mutuamente exclusivos — concepção mediano para o desenvolvimento da computação quântica.
Em um estudo recente, Zheng-Tian Lu, pesquisador da Universidade de Ciência e Tecnologia da China, e sua equipe utilizaram átomos de itérbio (173Yb) resfriados a poucos milésimos de proporção supra do zero integral e aprisionados por luz laser para produzir o estado de sobreposição quântica.
O Gato de Schrödinger é uma experiência mental criada pelo físico austríaco Erwin Schrödinger em 1935 para exemplificar os conceitos da tradução de Copenhague da mecânica quântica e do princípio da incerteza — a teoria aplica os fenômenos quânticos a objetos cotidianos, tornando-os mais compreensíveis.
No experimento, Schrödinger propõe imaginar um gato dentro de uma caixa opaca com um dispositivo que pode matá-lo. O dispositivo consiste em um frasco de veneno volátil e um martelo suspenso sobre ele: caso o martelo caia e quebre o frasco, o veneno será liberado, resultando na morte do gato.
A técnica foi principal para estabilizar os átomos em dois estados de spin distintos, uma propriedade fundamental na mecânica quântica, e para manter a sobreposição por um tempo incrível de 1.400 segundos.
De consonância com os pesquisadores, manter um estado de sobreposição inabalável por tanto tempo é um progressão crucial, pois esses estados tendem a “colapsar” rapidamente em laboratório devido a interferências ambientais.
“É muito importante porque estão a produzir leste belo estado de gato num sistema atômico, e é inabalável”, disse o físico Barry Sanders, da Universidade de Calgary, no Canadá, em entrevista à New Scientist.
O que é o Gato de Schrödinger
Esses “estados de gato”, nome oferecido em referência à experiência de Schrödinger, são essenciais para a computação quântica. Enquanto na computação clássica os bits operam em um único estado por vez, na computação quântica, os qubits — unidades de informação fundamentais — podem subsistir em múltiplos estados simultâneos, aumentando a capacidade de processamento de maneira exponencial.
O experimento recente revela que esses estados de sobreposição quântica podem ser usados para medições de subida precisão, com incertezas inferior do limite quântico padrão.