Análise: Mundo prende a respiração enquanto Israel avalia resposta ao ataque do Irã

O ataque de terça-feira (1º) do Irã a Israel pode mudar a balança na situação já extremamente tensa no Oriente Médio, já que o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu prometeu que Teerã “vai remunerar” pela ofensiva.

Até agora, o Irã tem usado principalmente seus representantes na região — Hamas em Gaza, Hezbollah no Líbano e os Houthis no Iêmen — para brigar Israel.

Quando atacou Israel diretamente em abril, depois acusá-lo de bombardear seu multíplice diplomático na Síria, o ataque pareceu projetado para efeito em vez de impacto.

Os ataques de mísseis de terça-feira pareceram diferentes.

O Pentágono disse que o ataque do Irã na terça-feira foi duas vezes maior que a última ofensiva do Irã contra Israel em abril. Teerã disse que o ataque foi uma resposta ao homicídio do líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, e outros.

A ofensiva aconteceu poucas horas depois de Israel anunciar que lançou uma operação terrestre “limitada e localizada” contra o Hezbollah no Líbano — um pouco que teria sido visto pelo Irã porquê uma escalada.

Enquanto as Forças de Resguardo de Israel (IDF) disseram que a maioria dos mísseis foi interceptada, alguns caíram em solo israelense e parecem ter causado danos.

Ao contrário da primavera, quando Israel teve dias para se preparar para os ataques, na terça-feira recebeu pouco aviso, sabendo da ameaço iminente poucas horas antes de Teerã lançar a ofensiva.

O que Israel determinar fazer em resposta pode moldar o próximo estágio do conflito. O país optou por uma resposta limitada em abril, depois apelos dos EUA e outros aliados para treinar contenção. Mas as palavras usadas por autoridades israelenses na terça-feira sugerem que a reação pode ser mais possante desta vez.

O porta-voz da IDF, contra-almirante Daniel Hagari, chamou a ofensiva de “ataque sério” e disse que “haverá consequências sérias”. Hagari não elaborou quais seriam essas consequências.

A preocupação entre a comunidade internacional é que Israel possa determinar brigar algumas das instalações nucleares do Irã. Isso é um pouco que Israel não fez em abril — possivelmente porque estava preocupado com porquê o Hezbollah reagiria a um movimento tão possante.

Em vez disso, ele escolheu brigar defesas militares perto dessas instalações. Com o Hezbollah muito enfraquecido depois a recente vaga de ataques israelenses visando seus principais comandantes, esse risco agora pode desempenhar um papel muito menor no operação de Israel.

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