MP Eleitoral vai pedir cassação de candidato a vereador que forjou sequestro
O Ministério Público Eleitoral do Ceará vai pedir os documentos da investigação da Polícia Federalista envolvendo o candidato a vereador de Iguatu (CE) Eliomar Cardoso (PT), indiciado por falsa notícia de violação ao informar um falso sequestro.
“O MPE irá requisitar os documentos da investigação à Polícia Federalista para estudo de ajuizamento de Ação de Investigação Judicial Eleitoral com o objetivo de cassação do Registro de Candidatura com base na Solução 23.735/2024 do Tribunal Superior Eleitoral (TSE)”, informou o órgão em nota à CNN.
A investigação da PF concluiu que tratou-se de encenação o suposto sequestro do candidato do PT. A cidade em que ele concorre fica a 389 quilômetros de Fortaleza.
O político alegou ter sido vítima de sequestro, com recta a imagens que mostram ele atado nas mãos e nos pés com arame farpado. O caso foi registrado na sexta-feira (30).
Em seguida buraco do sindicância, as autoridades confirmaram que o candidato simulou o próprio sequestro e foi indiciado por falsa notícia de violação.
O caso teve início quando o candidato reportou o suposto violação às autoridades locais, alegando que havia sido sequestrado por uma organização criminosa.
A notícia se espalhou rapidamente na cidade e no estado, gerando grande repercussão nas redes sociais e na prensa, com uma série de informações falsas alimentando a narrativa.
Desde o início das investigações, a Polícia Federalista diz que identificou inconsistências no relato. O candidato a vereador, que colaborou com as investigações, confessou posteriormente aos agentes da PF ter forjado o violação.
A notícia falsa de violação é um violação previsto no item 340 do Código Penal. Consiste em denunciar falsamente um violação, gerando a atuação da polícia para investigar o falso violação. A pena para quem comete esse delito é de até 6 meses de detenção, que pode ser convertida em multa ou prestação de serviço comunitário.
A CNN tenta contato com o candidato e o Partido dos Trabalhadores sobre o caso.