
“A cor não define nada, não define medalha“, diz Bia Souza após ouro no judô
O primeiro ouro do Brasil na Olimpíada foi conquistado por uma mulher negra. Nesta sexta-feira (2), Beatriz Souza venceu a categoria +78kg do judô feminino.
Com a medalha no peito e muito emocionada, a judoca Beatriz Souza disse à CNN que a cor “não define medalha”.
“A gente está cá para crescer, não só porquê desportista, mas porquê ser humano e para mostrar que a gente pode tudo, e que a cor não define zero, não define medalha, não define zero. Chega na hora é raça”, disse a desportista de 26 anos, ao ser questionada sobre o significado de uma mulher negra prometer a primeira medalha de ouro do Time Brasil em Paris.
Bia Souza também afirmou que a sua medalha também representa uma vitória dos negros. “Os negros estão conquistando o poder. É muito bom grafar isso na história e servir de inspiração”, disse a desportista.
A desportista nascida em Itariri, interno do estado São Paulo, dedicou a medalha a sua avó. “Em secção, a medalha foi para a minha avó. Ela faleceu há dois meses e eu queria provar para mim mesma que toda a desistência que eu fiz, de não de ir a aniversários, encontros de família, iria valer a pena, e valeu. Valeu a pena, cada segundo”, comemorou.
A judoca que cresceu em Peruíbe, no litoral sul paulista, disse ainda que não vê a hora de abraçar seu marido. Ela é casada com Daniel Souza, ex-atleta do basquete.
“Meu marido é muito guerreiro de ter me aguentado em em todo esse ciclo, foi muito paciente, muito escrupuloso comigo, sempre me ajudando em tudo”, afirmou.
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