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Fortaleza X Athletico PR

Sobre a partida

As equipes entram em campo nesta domingo às 18:30H pelo Brasileirão Série A, veja agora como acompanhar ao vivo na TV e na internet.

Fortaleza enfrenta o Athletico PR pela Rodada 7 do Brasileirão Série A, o jogo será transmitido por SPORTV, PREMIERE 5.

Saiba agora onde assistir o jogo de futebol Ao vivo entre Fortaleza X Athletico PR pelo Brasileirão Série A, o jogo será às 18:30, do dia 02/06/2024, e será transmitido por SPORTV, PREMIERE 5.

ESG InsightsCaatinga é o bioma mais eficiente em tomada de carbono

POR ADRIANA AMÂNCIO E RAFAEL DANTAS

Mais de uma dez de estudos realizados pelo Observatório Vernáculo da Caatinga revelaram que esse é o bioma brasílio que tem o melhor desempenho no sequestro de carbono. A cada 100 toneladas de CO 2
absorvidas por essa floresta do semiárido brasílio, há uma retenção que varia entre 45% e 60% e não volta para a atmosfera.

O resultado dos estudos
causou assombro até mesmo nos pesquisadores, porquê Aldrin Perez, do Instituto Vernáculo do Semiárido, uma das organizações responsáveis pelo projeto.

“Para a nossa surpresa, a Caatinga é a mais eficiente entre os biomas no Brasil e um dos principais do mundo. As vegetais, em universal, absorvem e liberam o CO 2
no processo de fotossíntese. Leste balanço está sendo muito positivo. Essa floresta é  uma das soluções para o problema das mudanças climáticas, uma magnífico sumidoura”, diz Perez, um dos autores do estudo.

Um ecossistema ganha essa designação de “sumidouro” quando absorve ou tomada mais CO 2
do que libera através da respiração das vegetais e do solo. Para ter uma confrontação sobre a eficiência do bioma, Aldrin afirma que, na Amazônia, o saldo entre a sucção e a liberação de CO 2
varia entre 2% e 11%. No caso do Condensado brasílio, por exemplo, essa eficiência é de 23%.

Esse levantamento comparativo foi medido a partir de dados revelados por um conjunto de torres de 15 metros de profundeza com equipamentos que captam gases e estão instalados em 30 diferentes biomas do mundo.

O Observatório Vernáculo da Caatinga, responsável pelos dados, tem a coordenação do Instituto Vernáculo do Semiárido (Insa), em parceria com a Universidade Federalista de Planura Grande (UFCG) e o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), mas envolve acadêmicos de diversas universidades brasileiras e institutos de pesquisa.

De concordância com o estudo, nas regiões mais úmidas da Caatinga o fluxo de vida ali é capaz de reter até 5 toneladas de CO 2
por hectare ao ano. Mesmo em áreas mais secas, a floresta continua com um desempenho notável, retendo até 2,5 toneladas de dióxido de carbono por hectare anualmente. Com esses níveis de retenção, o bioma evita o contato do gás com a atmosfera, processo que contribui diretamente com o agravamento dos efeitos das mudanças climáticas.

Caatinga é um dos biomas mais desmatados

Por conta disso, a preservação do bioma é fundamental para a manutenção desse estoque de carbono. Segundo o estudo, a vegetação da Caatinga retém 3.350 toneladas métricas de carbono por quilômetro quadro – que serão liberadas caso haja desmatamento. Dizem os pesquisadores que, com a perda da vegetação, esse estoque é perdido em 45% ao longo de 25 anos. No solo, há uma média de 12.500 toneladas métricas de carbono por quilômetro quadro.

A zero é relevante porque hoje a Caatinga é o terceiro bioma mais desmatado anualmente do Brasil, segundo conta do MapBiomas. Entre 2019 e 2022, houve um aumento de 2.500% no número de alertas de desmatamento. Em 2022, 1.400 quilômetros quadrados de vegetação nativa foram suprimidos na região.

O desmatamento é o principal catalisador da desertificação, fenômeno de esterilização totalidade dos solos que já atinge 13% da Caatinga, de concordância com o Laboratório de Estudo e Processamento de Imagens de Satélites ( Lapis
) da Universidade Federalista de Alagoas.

Diante do depressa processo de devastação dos solos, Aldrin Perez explica que a ONU tem defendido o noção de gestão sustentável da terreno para neutralizar a degradação. “Na Caatinga ainda temos entre 45% e 55% da vegetação. Precisamos, por um lado, evitar mais degradação com um programa de crédito social do carbono e de geração de novas unidades de conservação.”

“Outro ponto”, diz o pesquisador, “é o paradigma da agroecologia, que é uma proposta científica que foca em trespassar da produção predatória para uma lavradio de base ecológica. Projeta sistemas biodiversos, com base científica e metodológica, considerando os conhecimentos populares e acadêmicos”.

Um oásis no sertão

Se restaurar a Caatinga ainda é um sonho distante para muitos, para um jovem cultivador do semiárido piauiense já é veras. Gean Magalhães, de 33 anos, que mora na comunidade quilombola Queimada da Onça, em São Lourenço do Piauí, no semiárido piauiense, sabe muito os benefícios de se manter a Caatinga de pé.

Em 2016, ele firmou o propósito de restaurar 1 hectare por ano de uma capoeira que, por muitos anos, serviu ao cultivo de mandioca, feijoeiro e milho. Esse é o nome oferecido a uma extensão bastante degradada por manejos intensivos, quase sempre à base de queimadas e uso de agrotóxicos. “A minha extensão só dava malva da salvação [espécie indicadora de solo pobre em nutrientes]”, relembra.

Oito anos em seguida a decisão tomada, Gean já tem 8 hectares recuperados, dos quais 3,5 já estão muito consolidados. Ele lançou mão da agrofloresta, técnica que combina o cultivo de espécies frutíferas com vegetais florestais madeiráveis ou adubadoras. “A agrofloresta reproduz o comportamento da natureza, porém em um ritmo de regeneração depressa por desculpa do manejo intenso”, explica.

Tomando porquê base o estudo do Observatório Vernáculo da Caatinga e considerando que a região onde vive Gean é mais seca, essa extensão de vegetação conseguiria reter 20 toneladas de CO 2
por ano, caso tivesse sido totalmente preservada. Para um conta preciso de quanto a propriedade já consegue sequestrar de carbono nesse processo de recuperação, seria necessário um estudo específico in loco
.

O cultivador conta que o seu trabalho envolveu três estratégias especiais. Primeiro, realizar o cercamento da extensão para evitar que os animais pisoteiem as vegetais. Segundo, cultivar espécies com maior capacidade de repor os nutrientes ao solo, porquê gliricídia, palma, babosa e feijão-de-porco. E, por término, o manejo intenso de poda e cobertura do solo, o que favorece a retenção de chuva.

“Os sistemas agroflorestais contribuem para fixar o nitrogênio e descompactar o solo com a presença das raízes, o que torna o solo mais úmido e fértil”, complementa o cultivador.

Além do clima mais brando, com sombra e umidade, a extensão de Gean ampliou e diversificou a produção de frutas, o que garantiu um incremento de R$ 3.700 ao ano. A extensão também passou a receber visitante do azulão ( Cyanoloxia brissoni
), uma espécie de pássaro nativo da Caatinga que frequenta ambientes mais equilibrados, onde há frutas, um dos seus principais provisões, disponíveis.

O manejo do rebanho é feito com desvelo. Em períodos planejados, eles são soltos na agrofloresta para pastar. No resto do tempo, permanecem no 3 hectares destinados ao pastoreio. “A mudança foi radical. Isso prova que a Caatinga não é um lugar de seca; é um envolvente provável de conviver, que responde rápido à chuva. Mas é preciso fazer um uso sustentável desse bioma”, alerta o cultivador.

Esta reportagem foi publicada originalmente no site Mongabay. Ver o teor original.

Foto: Vitoriano Jr./Creative Commons

Caatinga: mais eficiente que Amazônia e Condensado em sequestro de carbono

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