“Prática doentia”,“anomalia sexual”: o que dizem os livros retirados de circulação pelo STF por conteúdos homofóbicos

O ministro do Supremo Tribunal Federalista (STF), Flávio Dino, determinou nesta sexta-feira (01), a retirada de quatro obras jurídicas que abordavam conteúdos discriminatórios contra mulheres e a população LGBTQIA+ nesta sexta-feira (01).

Na decisão, o magistrado determina ainda uma multa de R$150 milénio aos autores por danos morais coletivos.

As obras em questão são esses: Curso Avançado de Biodireito, Teoria e Prática do Recta Penal, Curso Avançado de Recta do Consumidor e Manual de Prática Trabalhista.

“Prática doentia”

Entre alguns dos trechos citados pelo ministro na decisão, está a caracterização da culpa gay uma vez que “prática doentia”.

“Assim uma vez que a vaga vermelha do nazismo, essa vaga arco-íris que quer juntar outras cores a nascente universo maléfico da podridrão humana seja enfrentada, sendo que a AIDS “somente existe pela prática doentia do homossexualismo, bissexualismo e entre os heterossexuais”, diz o livro.

“Anomalia Sexual”

Uma outra segmento extraída de uma das obras caracteriza o homossexualismo com “anomalia sexual”.

“Leste tipo de anomalia sexual (homossexualismo) não pode mais ser amparado por leis governamentais, uma vez que forma de erradicar a contaminação pelo vírus do HIV”, consta na publicação

“Sociedade corre o risco de deixar de viver”

Um outro galanteio do texto diz que, a partir do homossexualismo, a “sociedade corre o risco de deixar de viver”.

“Assim, ao influenciar as crianças a serem homossexuais, a sociedade corre o risco de deixar de viver, pois além da não procriação, ocorrerá um homocídio, isto é, milhares de homossexuais morrerão pela contaminação com a AIDS e ainda existe o risco social que os bissexuais passem a doença para heterossexuais, e, assim, dizime toda a espécie humana da face da Terreno”, escreve o responsável.

“Deposição por orientação sexual”

Um dos trechos defende ainda que empresas possam desonerar funcionários que forem “afeminados”.

“O director poderá desonerar esses funcionários afeminados por justa culpa, por não colaborar com a ordem imposta na empresa. O serviço não deve ser um envolvente que transforme os funcionários em partidários de uma culpa maléfica (culpa gay)”, relata o responsável na referida obra.

De pacto com Flávio Dino, as publicações impedem “o treino legítimo dos direitos à liberdade de sentença e de livre revelação do pensamento, configurando tratamento degradante, capaz de enfraquecer a honra e a imagem de grupos minoritários”.

Todos são dos autores Luciano Dalvi e Fernando Dalvi. A CNN entrou em contato com a resguardo dos autores e aguarda uma revelação.

*Com informações de Gabriela Boechat 

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