Bolsa da Argentina lidera ranking de ganhos em 2024; Ibovespa está em penúltimo

A bolsa da Argentina lidera o ranking de 20 mercados em ganhos em dólares no reunido do ano até outubro, enquanto o Ibovespa, principal índice do mercado brasílico, amarga a penúltima colocação. Os dados foram publicados pela Elos Ayta nesta sexta-feira (1º).

Conforme o levantamento, o S&P Merval — referência do mercado prateado — teve rentabilidade de 63,42% até esta quinta-feira (31), mais que o duplo da segunda colocada, o FTSE China 50, que acumulou subida de 27,56%.

Na ponta de plebeu, a rentabilidade em dólar do Ibovespa recuou 19%, ficando primeiro unicamente do mexicano IPyC, que perdeu 25,46% no período.

Segundo analistas ouvidos pela CNN, o desempenho do mercado brasílico segue a tendência vista no câmbio, que nesta sexta-feira encerrou na filete de R$ 5,86, o maior patamar desde maio de 2020.

Desde o início do ano, o dólar soma subida de quase 21%.

Secção desta desabono do real está em fatores domésticos, principalmente na crédito dos mercados no compromisso do governo federalista zerar do déficit das contas públicas.

Há também uma série de fatores internacionais pesando sobre o mercado financeiro mundial, o que aumenta a aversão ao risco e impacta principalmente países emergentes, uma vez que os investidores buscam ativos mais seguros.

Além do Brasil, Chile, Colômbia e México também figuram entre as quedas apontadas pelo levantamento.

Gustavo Sung, economista-chefe da Suno Research, indica o desenvolvimento econômico lento da China, os conflitos no Oriente Médio e as eleições nos Estados Unidos entre os principais fatores de risco do momento.

Para Sung, no recorte mais recente, a disputa entre Donald Trump e Kamala Harris pela Mansão Branca é o que mais tem chamado atenção dos mercados por conta da expectativa de que o republicano vença a eleição.

O cenário projetado com a possibilidade de o ex-presidente voltar à presidência é retomada de medidas protecionistas, o que pode levar a guerras comerciais e pressões sobre inflação e juros.

Não obstante, no desempenho de outubro, praticamente todos os índices recuaram — usando o dólar porquê parâmetro —, exceto o da Argentina.

chart visualization

“São fatores que estão elevando a temperatura. Quanto maiores as incertezas, busca-se ativos mais seguros e o investidor sai de lugares de maior risco, porquê os países emergentes”, afirma o economista-chefe da Suno Research.

Um cenário de combinação de inflação persistente, taxas de juros elevadas e desenvolvimento global em desaceleração também é indicado por Carlos Braga Monteiro, CEO do Grupo Studio.

“Esses fatores pressionam as economias que dependem de exportações e capital estrangeiro. No Brasil, por exemplo, a inflação e os juros altos impactam diretamente o consumo e o investimento interno, e isso se reflete no desempenho das bolsas”, diz.

Mas a questão que coloca o Brasil tão aquém são incertezas observadas no nosso cenário doméstico, segundo Rodrigo Moliterno, head de renda variável da Veedha Investimentos.

Os principais pontos destacados pelo crítico são os juros elevados no país e a situação fiscal do país.

“O fluxo deixou de entrar, o que acaba colaborando para nosso mercado ter um desempenho pior. O grande ponto é justamente a deterioração do macro, que levou a nossa bolsa a ter uma performance ruim”, conclui o profissional da Veedha.

Argentina é destaque

Mas se a aversão ao risco no mundo afeta os países emergentes e o cenário macroeconômico agrava o desempenho do Brasil, por que a Argentina lidera os ganhos em ambos os cenários?

“O desempenho positivo do Merval da Argentina demonstra porquê as condições locais podem impulsionar o mercado acionário porquê opção de proteção para os investidores”, destaca Einar Rivero, da Elos Ayta.

“Esse desempenho positivo destaca a resiliência do mercado prateado em um contexto de inflação e desabono da moeda lugar, atraindo investidores em procura de proteção contra a instabilidade econômica”.

Mas não somente, o que se observa é que o mercado tem uma perspectiva otimista com a recuperação da economia argentina no porvir próximo, segundo Patrícia Krause, economista-chefe para América Latina da Coface.

A pobreza no país ainda persiste e inflação segue elevada, mas a crítico aponta para um respiro inicial no país. Nesta sexta, o banco medial da Argentina cortou sua taxa de juros em 500 pontos-base, para 35%.

“Há um exalo com o governo atual. Embora ainda haja problemas, há sinais positivos, porquê a queda do déficit fiscal, com a perspectiva de retomada da atividade no próximo ano e um princípio de esfriamento da inflação. Isso tem sido positivo para os mercados”, pontua Krause.

Siga o CNN Money

O CNN Brasil Money já está nas redes sociais. Siga agora o @cnnbrmoney no Instagram e no Youtube.

Devotado ao mercado financeiro e aos impactos que os setores da economia geram na movimentação do país e do mundo, o CNN Money terá conduto para TV e streaming, além de estar presente no envolvente do dedo.

O lançamento será na segunda-feira, dia 4 de novembro de 2024, ás 20h30. Não perdida!



Mostrar mais

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo
Fechar

Adblock detectado

Por favor, considere apoiar-nos, desativando o seu bloqueador de anúncios