Metade das crianças refugiadas ao redor do mundo está fora da escola, aponta estudo da ONU

Um relatório do Cimo Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur) divulgado nesta segunda-feira revelou, a partir de dados de 65 países, que metade das 14,8 milhões de crianças refugiadas ao volta do mundo está fora da escola.

Segundo a sucursal da ONU, há uma série de razões para isso, desde a falta de políticas públicas inclusivas às barreiras linguísticas, colocando em risco o horizonte de uma geração já exposta à vulnerabilidade.

De conciliação com o Acnur, a média das taxas de matrícula de refugiados no ano letivo de 2022 a 2023 foram de 37% na instrução infantil, 65% no ensino fundamental e 42% no ensino médio. Os menores indicadores foram registrados no ensino superior, com 7% — metade da meta esperada pela sucursal até 2030, mas um salto em relação a 2018, quando somente 3% estavam matriculados contra 37% dos estudantes não refugiados.

A questão se torna ainda mais urgente com o aumento crescente no número de pessoas deslocadas à força ao volta do mundo, que atingiu 117 milhões no ano pretérito, segundo o Acnur. Até abril deste ano, a sucursal estima que oriente número já tenha ultrapassado 120 milhões, sendo 31,6 milhões de refugiados — entre eles, 7,2 milhões de jovens sem entrada à instrução. A inclusão de uma proporção cada vez maior de jovens nos sistemas nacionais de instrução, no entanto, leva tempo, pontua o documento.

— A instrução pode salvar vidas — afirmou o Cimo Comissário da ONU para Refugiados, Filippo Grandi. — A instrução está associada a uma menor verosimilhança de gravidez na puberdade e matrimónio precoce, dando às meninas a possibilidade de moldar seus próprios destinos. Para os meninos, mais anos de instrução se traduzem em uma menor verosimilhança de comportamento de risco e, portanto, em menos violência e vitimização. E para todos, a instrução abre portas para um maior entrada ao mercado de trabalho e permite que os refugiados ganhem a vida e sustentem suas famílias.

Efeito da guerra na Ucrânia

A invasão da Ucrânia pela Rússia, em fevereiro de 2022, provocou o maior fluxo migratório na Europa desde a Segunda Guerra Mundial. Com o quarto ano letivo desde o início do conflito iniciando oriente mês — no Hemisfério Setentrião, as aulas começam em setembro —, o Acnur estima que, de uma população de 1,3 milhão de menores ucranianos que deixaram o país para fugir da guerra, 600 milénio estão fora da escola, um pouco menos da metade do totalidade.

De conciliação com o relatório, grande segmento desses jovens sem entrada ao sistema educacional dependem exclusivamente de métodos informais de ensino, remotos e digitais, que perdem na eficiência e na socialização se comparado ao ensino regular.

Por outro lado, há enormes disparidades no entrada de menores ucranianos à instrução a depender dos países que os receberam, “independentemente do tamanho das populações de refugiados em idade escolar”, diz o texto. Por exemplo, 97% das crianças e adolescentes ucranianos que se refugiaram na Irlanda estão matriculadas em uma instituição de ensino, enquanto esse número é de somente 18% na Bulgária.

“Isso sugere que a emergência de refugiados na Ucrânia está evoluindo para uma crise prolongada instrução de refugiados, com centenas de milhares de crianças e jovens correndo o risco de suportar perdas de aprendizagem e outros efeitos prejudiciais que podem afetar seu bem-estar bem-estar, a segurança e as perspectivas futuras por muitos anos”, destaca o Acnur.

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