
Quem é Giniton Lages, que Moraes mandou a PF ouvir sobre assassinato de Marielle
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federalista (STF), deu dez dias para que a Polícia Federalista (PF) colha o prova do solicitador Giniton Lages.
Ele é investigado por supostamente atrapalhar a investigação do homicídio da vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes, em 2018.
Representante da Polícia Social do Rio de Janeiro, Giniton foi o primeiro responsável pelas investigações dos assassinatos.
Quem é Giniton Lages?
Giniton Lages tem 49 anos e nasceu na cidade de Cascavel (PR). Tem quatro irmãos, é casado e pai de dois filhos.
Na puerícia, mudou-se com a família para Jaú, no interno de São Paulo, onde morou até 2008.
No ano de 1995, entrou para a Faculdade de Recta de Bauru (SP), que concluiu em 2000.
Em 2008, depois aprovação em Concurso Público de Provas e Títulos, ingressou na Curso de Representante de Polícia do Estado do Rio de Janeiro, para onde se mudou com a esposa e os filhos.
No ano de 2012, recebeu o título de cidadão jauense.
O solicitador passou por duas delegacias antes de assumir, em 2015, a Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense.
Em 2017, ele foi transferido para a Delegacia de Homicídios do Rio de Janeiro. Em 2018, tornou-se Diretor do Departamento Universal de Polícia da Baixada Fluminense.
Foi quando recebeu a incumbência de elucidar o caso Marielle, poucos dias depois o delito.
Ele e a equipe chegaram aos nomes do tenente reformado da PM Ronnie Lessa e do ex-PM Élcio Vieira de Queiroz.
Giniton também é coautor do livro “Quem Matou Marielle?” de 2023. Na obra de quase 300 páginas, ele se refere a si mesmo porquê um policial preocupado em solucionar o caso.
“Com as investigações, vieram à tona diversas informações sobre o submundo do delito no Rio de Janeiro, as conexões com as milícias e, principalmente, a grande incerteza sobre quem foi o mandante da realização”.
Giniton Lages e Carlos Ramos
Em 2019, depois deixar o caso, por sugestão do portanto governador Wilson Witzel, Giniton foi para a Europa, onde participou de um programa de intercâmbio com a polícia italiana.
Na volta, fez um curso sobre delito organizado, em Brasília.
Caso Marielle
Giniton Lages é claro de sindicância no Supremo Tribunal Federalista (STF) por suposta obstrução das apurações dos assassinatos de Marielle e Anderson.
Em março deste ano, ele foi claro de mandado de procura e inquietação expedido pelo ministro do STF Alexandre de Moraes. No mesmo dia, foi recluso o trio denunciado de ser o mandante do delito: os irmãos Chiquinho e Domingos Brazão e o solicitador Rivaldo Barbosa.
Giniton está remoto das funções e é monitorado por tornozeleira eletrônica.
O último informe de rendimentos do solicitador, publicado no portal da transparência do governo do Rio, mostrou que em fevereiro ele recebeu mais de R$ 26 milénio da Polícia Social. Enquanto é investigado, ele foi autorizado a receber exclusivamente um salário mínimo.
Ele também está proibido de frequentar determinados lugares e de ter contato com outros investigados, testemunhas ou colaboradores e deve comparecer periodicamente ao pensamento.
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