"O melhor legado que podemos deixar para as próximas gerações é uma governança efetiva", diz Lula

Em um momento turbulento e de questionamentos sobre a eficiência e papel das instituições e órgãos internacionais uma vez que a ONU, o presidente do Brasil Luiz Inácio da Silva, discursou durante a Cúpula do Porvir em Novidade York e começou reiterando que há quase vinte anos, o país foi convidado a revigorar o multilateralismo para fazer frente aos desafios do novo milênio. Segundo Lula, a reflexão rendeu frutos uma vez que a Percentagem de Consolidação da Sossego e o Recomendação de Direitos Humanos, mas ‘outras ideias não saíram do papel’. 

Diante do cenário, Lula citou duas grandes responsabilidades para deixarmos as próximas gerações. “A primeira é nunca retroceder. Não podemos recuar na promoção da paridade de gêneros, nem na luta contra o racismo e todas as formas de discriminação. Tampouco podemos voltar a conviver com ameaças nucleares“, disse. Segundo ele, é inacreditável regredir a um mundo dividido em fronteiras ideológicas ou zonas de influência e naturalizar a penúria de 733 milhões de pessoas seria vergonhoso: “Voltar detrás em nossos compromissos é colocar em xeque tudo o que construímos tão arduamente”, complementou.

No ritmo atual, unicamente 17% das metas da Agenda 2030 de desenvolvimento sustentável serão atingidas, destacou. Por isto, ele entende que os ODS foram “o maior empreendimento diplomático dos últimos anos e caminham para se tornarem nosso maior fracasso coletivo”. 

Porquê segunda responsabilidade, ele citou a rombo de caminhos diante dos novos riscos e oportunidades. Neste sentido, o Pacto para o Porvir, reconhecido durante a Cúpula, seria uma ‘direção’: “É um ponto de partida para uma governança do dedo inclusiva, que reduza as assimetrias de uma economia baseada em dados e mitigue o impacto de novas tecnologias uma vez que a Perceptibilidade Sintético. Todos esses avanços serão louváveis e significativos. Mas, ainda assim, nos faltam anelo e ousadia”, destacou. 

Para Lula, a pandemia, os conflitos na Europa e no Oriente Médio, a corrida armamentista e a mudança do clima escancaram as limitações das instâncias multilaterais — com a maioria dos órgãos carecendo de poder e meios de implementação para fazer satisfazer suas decisões. “Precisamos de coragem e vontade política para mudar, criando hoje o amanhã que queremos. O melhor legado que podemos deixar às gerações futuras é uma governança capaz de responder de forma efetiva aos desafios”, concluiu.  

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