Análise: Com assassinato de líder do Hamas, Netanyahu não cria espaço para críticas contundentes

O assassínio do líder político do Hamas, Ismail Haniyeh, ordenado pelo primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, tem gerado repercussões complexas tanto no cenário político interno de Israel quanto nas negociações para a libertação dos reféns israelenses mantidos pelo grupo palestino.

Segundo o crítico de Internacional da CNN Lourival Sant’Anna, a decisão de Netanyahu de expelir Haniyeh pode ser vista uma vez que uma manobra política astuta, embora potencialmente prejudicial para os esforços de negociação em curso. “Netanyahu mexe com as emoções dos israelenses”, afirma Sant’Anna, explicando que a população aprova a morte de um líder do Hamas responsável pelos ataques de 7 de outubro, que causaram grande comoção em Israel.

Impacto nas negociações e estratégia política

O crítico ressalta que o assassínio de Haniyeh, considerado uma figura política “mais moderada” em conferência com os comandantes militares do Hamas em Gaza, complica significativamente as negociações para a libertação dos reféns israelenses. “Esse ataque inviabiliza essa negociação neste momento”, pontua Sant’Anna.

No entanto, a ação também serve aos interesses políticos de Netanyahu, que enfrenta críticas internas pela meio da guerra em Gaza. Ao expelir um cume líder do Hamas, o primeiro-ministro reduz o espaço para “críticas muito contundentes” contra sua liderança, mesmo que isso signifique postergar a solução do conflito e a libertação dos reféns.

Padrão de escalada e consequências regionais

Sant’Anna traça um paralelo com eventos anteriores, lembrando que em maio, Netanyahu autorizou um ataque que resultou na morte de familiares de Haniyeh, levando a uma escalada de tensões. O crítico também menciona o ataque israelense ao consulado iraniano em Damasco, que provocou uma resposta direta do Irã contra Israel com mísseis e drones.

Essas ações sugerem uma estratégia de Netanyahu de manter o conflito ativo, possivelmente visando objetivos políticos de longo prazo, incluindo a perspectiva das eleições americanas e a provável volta de Donald Trump ao poder. “É um grande enxadrista o Netanyahu, que está contra as cordas”, conclui Sant’Anna, destacando a habilidade do primeiro-ministro em manipular a situação a seu obséquio, apesar das críticas à sua gestão do conflito.

Os textos gerados por perceptibilidade sintético na CNN Brasil são feitos com base nos cortes de vídeos dos jornais de sua programação. Todas as informações são apuradas e checadas por jornalistas. O texto final também passa pela revisão da equipe de jornalismo da CNN. Clique cá para saber mais.

Mostrar mais

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo
Fechar

Adblock detectado

Por favor, considere apoiar-nos, desativando o seu bloqueador de anúncios