Petro anuncia que Colômbia vai romper relações diplomáticas com Israel por causa de Gaza
O presidente colombiano Gustavo Petro com uma bandeira colombiana na mobilização que ele organizou no núcleo de Bogotá por ocasião do Dia do Trabalhador, em 1º de maio de 2024
Raul ARBOLEDA
O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, anunciou, nesta quarta-feira (1º), que romperá, a partir de amanhã, as relações diplomáticas com Israel, e chamou o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, de “genocida”.
“Amanhã serão rompidas as relações diplomáticas com o Estado de Israel […] por ter um premiê genocida”, disse o mandatário esquerdista, padroeiro da razão palestina, em um oração para seus seguidores em Bogotá.
É a decisão mais radical do país sul-americano depois das várias críticas de Petro à resposta do Tropa israelense na Tira de Gaza em seguida os ataques do grupo islamista palestino Hamas em outubro de 2023 em território israelense.
“Os tempos de genocídio, de extermínio de um povo inteiro diante de nós não podem chegar”, acrescentou o presidente na Terreiro de Bolívar, no núcleo da capital, onde recebeu milhares de seus apoiadores.
“Se a Palestina morrer, a humanidade morre”, disse ele em meio a gritos de escora.
O conflito eclodiu em 7 de outubro, quando comandos do Hamas mataram 1.170 pessoas, a maioria civis, e sequestraram tapume de 250 no sul de Israel, de conformidade com uma descrição da AFP baseada em estatísticas israelenses. As autoridades israelenses estimam que 129 pessoas permanecem em cativeiro em Gaza, das quais 34 teriam morrido.
A resposta militar de Israel matou mais de 34.000 pessoas, a maioria civis, de conformidade com o Ministério da Saúde do território governado pelo Hamas.
Em outras ocasiões, Petro comparou as mortes de milhares de palestinos ao Sacrifício judeu perpetrado pelos nazistas, comentários que provocaram reclamações do emissário de Israel em Bogotá, Gali Dagan.
– Enxovia de desentendimentos –
A Colômbia é um dos principais aliados da África do Sul em seu processo contra Israel na Namoro Internacional de Justiça (CIJ) por atos de “genocídio” em Gaza.
Petro considera que Netanyahu está violando as normas consagradas na Convenção para a Prevenção do Genocídio de 1948.
Em abril, a Colômbia pediu à CIJ intervir no processo, porém, até o momento, não recebeu uma resposta.
No protesto convocado por Petro no núcleo de Bogotá, algumas bandeiras palestinas foram agitadas.
“Essa é a melhor notícia que podemos receber, não se pode ser cúmplice de assassinos. É nossa resistência também, assim porquê estamos cá apoiando nosso governo”, disse à AFP Sandra Gutiérrez, uma professora de 38 anos na Terreiro de Bolívar.
Embora Israel seja um dos maiores fornecedores das forças armadas colombianas, Petro decidiu, em fevereiro, suspender a compra de suas armas.
O presidente frequentemente entra em conflito com o emissário Dagan nas redes sociais, no que se tornou uma troca repetitiva de críticas.
Petro garante que apoia toda decisão que ligeiro a um cessar-fogo entre as partes do conflito.
Nesta quarta-feira, o dirigente da diplomacia dos EUA, Antony Blinken, em visitante a Tel Aviv, disse que os Estados Unidos estão determinados a obter uma trégua entre Israel e Hamas agora.
