
Panamá cumpriu legislação para sair das listas de paraísos fiscais, diz presidente
Vista de arranha-céus na superfície financeira da Cidade do Panamá, em 9 de setembro de 2024
Martin BERNETTI
O Panamá cumpriu a legislação internacional para trespassar das listas de paraísos fiscais, anunciou, nesta quinta-feira (19), o presidente do país, José Raúl Mulino.
“Não é verdade que o Panamá não é um país que coopera, temos todas as ferramentas legais e internacionais para cooperar com a comunidade que solicitar”, disse Mulino em entrevista coletiva semanal, acrescentando que o país fez “um esforço para executar todas essas receitas” para trespassar de todas as listas.
Diferentes governos panamenhos negaram as acusações de que o país é um paraíso fiscal. Sua imagem foi manchada pelo escândalo Panama Papers, uma investigação jornalística internacional que revelou em 2016 uma vez que milhares de empresas de frente foram criadas a partir de um escritório de advocacia panamenho. Algumas delas serviram para personalidades de todo o mundo esconderem numerário.
Há uma semana, Mulino alertou que os países que mantiverem o Panamá listado não poderão participar de licitações panamenhas.
Posteriormente o escândalo de 2016, o Panamá realizou reformas legais, incluindo a criminalização da sonegação fiscal, que não era considerada um transgressão. Essas mudanças permitiram que o país saísse, em 2023, da lista do Grupo de Ação Financeira (GAFI), sediado em Paris.
Mulino, que assumiu o incumbência em 1º de julho, afirmou que na próxima Reunião Universal das Nações Unidas explicará “claramente a injustiça que está sendo cometida contra o Panamá”.