Tribunal da UE anula multa de € 1,49 bilhão imposta ao Google

LIONEL BONAVENTURE

Um tribunal da anulou uma ulta de 1,49 bilhão de euros (1,65 bilhão de dólares, 9,05 bilhões de reais) imposta por Bruxelas ao Google em 2019 por insulto da posição dominante no mercado de publicidade online

Lionel BONAVENTURE

Um tribunal da União Europeia (UE) anulou nesta quarta-feira (18) uma multa de 1,49 bilhão de euros (1,65 bilhão de dólares, 9,05 bilhões de reais) imposta por Bruxelas ao Google em 2019 por insulto da posição dominante no mercado de publicidade online.

O Tribunal Universal da UE – que se pronuncia em primeira instância e tem sede em Luxemburgo – anunciou que “anula em sua totalidade a decisão da Percentagem Europeia”, por considerar que o Executivo comunitário “cometeu erros em sua avaliação” do tema.

O tribunal determinou que Bruxelas “não levou em consideração todas as circunstâncias pertinentes em sua avaliação da duração das cláusulas contratuais que a Percentagem considerou abusivas”.

A Percentagem, braço Executivo da União Europeia que atua uma vez que regulador nos países do conjunto, pode recorrer da decisão ao Tribunal de Justiça da UE.

Em março de 2019, a Percentagem determinou a multa de 1,49 bilhão de euros contra o grupo de tecnologia, denunciado de impor cláusulas restritivas em seus contratos com sites. O objetivo, segundo Bruxelas, era impedir que os rivais da subsidiária de publicidade do Google conseguissem publicar seus anúncios.

A empresa decidiu recorrer da decisão e nesta quarta-feira o tribunal deu razão ao grupo americano.

Desde setembro de 2016, o Google suprimiu várias cláusulas de seus contratos para satisfazer as normas da UE.

– Google “satisfeito” –

“Modificamos os nossos contratos em 2016 para suprimir os dispositivos envolvidos, mesmo antes da decisão da Percentagem. Estamos satisfeitos que o tribunal tenha reconhecido os erros na decisão inicial e determinado a suspensão da multa”, reagiu um porta-voz do grupo.

A Percentagem Europeia afirmou que “tomou conhecimento da decisão” e pretende examiná-la com atenção para refletir “sobre as próximas etapas possíveis”.

A decisão representa um refrigério para o Google, que na semana passada perdeu um recurso na principal jurisdição da UE, o que confirmou uma multa de quase 2,4 bilhões de euros (mais de 14,5 bilhões de reais) aplicada pelas autoridades do conjunto em 2017 por práticas contrárias à concorrência no serviço Google Shopping.

A multa é secção de uma estratégia mais ampla do Executivo europeu para regulamentar possíveis abusos por secção dos gigantes da tecnologia. Entre 2017 e 2019, a UE impôs sanções de 8,2 bilhões de euros ao Google por supostas infrações das normas de combate ao monopólio.

Em 2018, as autoridades anunciaram a multa recorde de € 4,3 bilhões contra a empresa, acusada de impor restrições ao sistema operacional dos smartphones Android.

Em 2022, o Google conseguiu reduzir a multa para 4,1 bilhões de euros, mas o tribunal ratificou o argumento da Percentagem de que o grupo impôs limitações proibidas aos seus sistemas.

Desde portanto, a UE adotou medidas ambiciosas para regulamentar as atividades e o padrão de negócios dos gigantes de tecnologia do conjunto, com destaque para a Lei de Mercados Digitais (DMA, na {sigla} em inglês).

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