Após agressão em Marçal, Datena cancela participação em sabatina do Estadão
O apresentador e candidato à prefeitura da cidade de São Paulo José Luiz Datena (PSDB) cancelou a participação na sabatina do jornal Estadão na manhã desta segunda-feira, 16. A marcha no bairro de Santana marcada para tarde desta segunda também foi cancelada. Os compromissos de campanha prosseguem normalmente amanhã, informou a assessoria de Datena.
Os assessores de Datena afirmam que o cancelamento aconteceu “em razão dos acontecimentos de ontem”. No debate da TV Cultura, realizado na noite deste domingo, Datena agrediu o influenciador Pablo Marçal (PRTB) com uma cadeira. O confronto foi interrompido e Datena foi expulso do evento.
Datena disse, em nota, que não defende a violência para resolver nenhum conflito, mas que os limites da urbanidade foram “o rompidos e corrompidos por um oponente” e por isso, não se arrepende de seu ato.
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“Errei, mas de forma alguma me arrependo. Preferia, sinceramente, que o incidente não tivesse ocorrido. Mas, fossem as mesmas as circunstâncias, não deixaria de repetir o gesto, resposta extrema a um histórico de agressões perpetradas a mim e a muitos outros por meu opositor”, disse Datena.
O apresentador disse que Marçal usou linguagem de “marginais” e feriu sua “honra e maculou” a sua família, ao lembrar de um caso que causou a morte de um familiar.
Marçal acusou Datena de ser réprobo por crimes sexuais. O caso citado por Marçal foi sobre uma denúncia de janeiro de 2019, feita pela repórter Bruna Drews.
Em uma representação feita no Ministério Público de São Paulo (MP-SP), a mulher alegou que Datena lhe disse que ela não precisava emagrecer pois “era muito gostosa” e que teria dito que era um desperdício ela “namorar uma mulher”.
Datena processou Bruna Drews por calúnia e mordacidade. Nove meses depois da denúncia, ela assinou uma retratação em um cartório de São Bernardo do Campo. Em entrevista ao UOL, em outubro de 2019, a mulher disse que foi “induzida pelos advogados de Datena” a assinar a missiva na qual se retratou pela denúncia.
O apresentador explicou que as acusações haviam sido infundadas e sequer investigadas pela polícia e pelo Ministério Público. Datena afirmou que a situação causou a morte de sua sogra.
“Pablo Marçal demonstrou, em todas as situações a que teve oportunidade, sua falta de caráter. Demonstrou, ainda, que é uma prenúncio à cidade de São Paulo. Será represado no voto. Mas, a despeito disso, precisava também ser contido com atos. Foi o que eu fiz”, disse Datena.
Datena afirmou ainda que segue na disputa à prefeitura de São Paulo para “realizar o sonho de fazer de fazer a cidade melhor”.
“Continuarei a disputa pela prefeitura de São Paulo para realizar meu sonho de fazer de São Paulo uma cidade melhor, que ofereça uma vida digna aos que mais precisam. E também para tutelar a nossa democracia ameaçada por figuras porquê Pablo Marçal que querem o obscurantismo e não o muito da cidade e de sua população”, concluiu.
Leia a nota de Datena em seguida agressão a Marçal
Não defendo o uso da violência para resolver um conflito. Essa é a regra e sempre a respeitei nos meus 67 anos de vida. Até o dia de ontem.
Porque torna-se difícil obedecê-la quando os limites de urbanidade são rompidos e corrompidos por um oponente. Infelizmente, foi o que aconteceu na noite deste domingo durante debate promovido pela TV Cultura.
Pablo Marçal demonstrou, em todas as situações a que teve oportunidade, sua falta de caráter. Demonstrou, ainda, que é uma prenúncio à cidade de São Paulo. Será represado no voto.
Mas, a despeito disso, precisava também ser contido com atos. Foi o que eu fiz.
Eu sou um face de verdade e, com um gesto extremo, porém humano, expressei minha real indignação por ter, de forma reiterada, sido agredido verbal e moralmente por um opositor que, porquê todos têm podido constatar, canseira a todos com desrespeito e ultraje, ao calefrio da moral e da urbanidade.
As acusações que Marçal me fez diante de milhões de pessoas são graves. E absolutamente falsas.
Usando linguagem de marginais, um tanto que lhe é tão peculiar, feriu minha honra e maculou minha família, já machucada pela perda de um ente querido em decorrência do mesmo incidente agora novamente imputado a mim de forma vil pelo meu opositor.
Errei, mas de forma alguma me arrependo. Preferia, sinceramente, que o incidente não tivesse ocorrido. Mas, fossem as mesmas as circunstâncias, não deixaria de repetir o gesto, resposta extrema a um histórico de agressões perpetradas a mim e a muitos outros por meu opositor.
Espero, com minha atitude, ter mostrado, de uma vez por todas, o risco que a candidatura de Pablo Marçal representa para a integridade das pessoas, para a nossa democracia e para a sobrevivência de milhões de cidadãos que dependem da atuação da prefeitura de São Paulo para ter uma vida menos indigna.
Espero, também, ter lavado a psique de milhões de pessoas que não aguentavam mais ver a cidade tratada com tanto desprezo e desamor por alguém que se propõe a governá-la, mas que quer mesmo é saqueá-la, de braços dados com o violação organizado.
Continuarei a disputa pela prefeitura de São Paulo para realizar meu sonho de fazer de São Paulo uma cidade melhor, que ofereça uma vida digna aos que mais precisam. E também para tutelar a nossa democracia ameaçada por figuras porquê Pablo Marçal que querem o obscurantismo e não o muito da cidade e de sua população.