
Possibilidade de novo acordo traz alívio e Azul sobe 18% na bolsa
As ações da Azul (AZUL4) subiam 18% nesta sexta-feira, 13, depois a publicação de uma notícia pela Reuters de que a companhia está próxima de fechar um novo pacto com arrendadores de aviões, oferecendo ações para remunerar tapume de US$ 600 milhões em dívida.
De pacto com a reportagem, em vez de exprimir todas as ações necessárias para entupir os US$ 570 milhões, o que geraria uma diluição significativa para os acionistas atuais, a companhia aérea está negociando para que os arrendadores recebam uma participação de 20% na Azul. Isso atribuiria um valor patrimonial potencial de US$ 2,9 bilhões para 100% da companhia, em confrontação aos US$ 250 milhões atuais.
Para o Goldman Sachs, a renegociação também pode penetrar espaço para que a Azul emita novas dívidas, aliviando as preocupações dos investidores em relação à liquidez, principalmente com os vencimentos previstos para os próximos trimestres. O risco de diluição do instrumento de capital de US$ 570 milhões em circulação é uma das principais preocupações dos investidores.
Em relatório publicado, o banco disse se os ajustes na estrutura de capital forem confirmados, as ações poderiam ser reclassificadas. Atualmente, o banco tem recomendação de compra da Azul com preço-alvo de R$ 12,20.
No final de agosto, a Azul realizou uma call com analistas do mercado para discutir seus recentes esforços de reorganização da dívida. Na ocasião, a companhia negou as possibilidades de uma oferta de ações ou de um processo de Chapter 11, além de fornecer mais detalhes sobre o esperado pacto mercantil com os principais arrendadores — tapume de seis — para resolver a iminente diluição acionária. A empresa explicou sua intenção de buscar uma única parcela fixa para a conversão da dívida.
De pacto com o BTG Pactual, mesmo grupo controlador da EXAME, a medida deve resultar em uma diluição entre 20% e 30%, ligeiramente supra da meta de 18% da estrutura atual, com um preço de tirocínio de R$ 36 por ação. O banco estima um preço-alvo de R$ 17 para as ações da Azul, mantendo uma recomendação neutra.