
Rock in Rio terá pista de dança que gera energia a partir do movimento do público
No ano em que o Rock in Rio, maior festival de música do país, comemora seus 40 anos, a Coca-Cola procura trazer mais sustentabilidade para o Coke Studio, plataforma de música da companhia de bebidas que promove shows de artistas locais em subida. Além de gerar aproximação com o público, a ativação quer mostrar porquê o ESG pode se conectar com a atuação de grandes eventos.
Uma das instalações é a EcoPista, pista de dança que gera força limpa a partir dos movimentos dos participantes do festival. A instalação foi feita em parceria com a NeoEnergia e vai gerar força para o fornecimento de todo o Coke Studio.
De congraçamento com Katielle Haffner, diretora de relações públicas, notícia e sustentabilidade de Coca-Cola Brasil e Cone Sul, que falou com exclusividade à EXAME, 10 horas de dança vão gerar a capacidade energética para abastecer 3.700 lâmpadas de LED por hora. “Nossa teoria é desenvolver alguma coisa inovador, mas em um concepção que tangibiliza o ESG no dia a dia, fugindo da conversa técnica”, conta.
A teoria veio de outros grandes eventos que movimentaram o público no Brasil e no mundo. “Nos inspiramos em boas práticas da turnê do Coldplay. Entendemos que o que faziam era genuíno, e trouxemos boa secção dessa experiência para cá”, explica Haffner.
O Coke Studio será movido completamente por energias limpas. Enquanto a força da EcoPista estiver sendo gerada, os participantes poderão seguir por meio de um medidor a capacidade energética formada. O espaço contará também com fornecimento por meio de baterias elétricas em caso de omissão energética e biodiesel.
EcoPista: Pujança limpa gerada por participantes do Rock in Rio no Coke Studio, plataforma de música da Coca-Cola (Coca-Cola/Divulgação)
Menos copos, mais reciclagem
Outra preocupação da companhia durante a realização do festival é a gestão de resíduos. Uma parceria que uniu também as fabricantes de bebidas Heineken e Red Bull, além da petroquímica Braskem, procura implementar o uso de copos recicláveis. A expectativa é que a ação evite a geração de 14 toneladas de resíduos durante os sete dias de evento. “Nosso objetivo é promover a sustentabilidade e gerar a conexão com garrafas retornáveis – uma escolha importante e consciente”, explica a diretora.
O Rock In Rio marcou uma geração sedenta por liberdade, agora se volta para o impacto socioambiental
A diretora de sustentabilidade conta que a empresa passou a agir pelo ESG nos festivais em 2022, ano da retomada das apresentações em seguida a pandemia. Ela explica que, porquê a população passou a permanecer mais tempo em morada, conseguiu ver de perto a quantidade de lixo que se gera em um dia, uma mudança de perspectiva necessária. “No Lollapalooza de 2022, começamos a trabalhar para trocar resíduos por brindes e mostrar a reciclagem para o cliente. No The Town, no ano pretérito, trocamos os copos descartáveis por recicláveis”, explica.
No último Rock in Rio, a empresa se uniu com a concorrente Heineken e a petroquímica Braskem para restabelecer os copos descartáveis usados no evento. O plástico reciclado foi utilizado nas tampas do perfume Kayak, da companhia de cosméticos Natureza.
Para Haffner, a iniciativa se conecta ainda com as ações de circularidade na Coca-Cola. “Antes, já falávamos de economia pela reciclagem, mas a sustentabilidade não era pensada em coisas medidas: as conversas ainda tratam muito de produtos premium, fora da nossa verdade. Agora falamos de produtos ao nosso alcance, porquê a Coca-Cola na embalagem retornável, que além de ser mais econômica, é mais sustentável para o planeta”, afirma.
Troca de embalagens por brindes
A empresa também contará com pontos de troca de resíduos, espaços em que participantes do festival poderão depositar embalagens de produtos consumidos e prometer brindes, em uma dinâmica de gamificação. O material reciclável coletado ao termo do Rock in Rio será talhado às cooperativas da Associação Pátrio de Catadores e Catadoras de Material Reciclável (ANCAT), que é parceira da Coca-Cola.
Para Haffner, trabalhar a sustentabilidade em um grande evento de música é uma forma de utilizar o poder de marca da Coca-Cola para estugar a agenda do tratamento de resíduos e do uso de energias limpas. “Vemos um grande potencial de fomentar modelos de coleta seletiva, orientar a destinação correta e gerar consciência. Tudo isso cria um impacto real no meio envolvente e na nossa vida”, afirma.