Protestos contra aumento do diesel bloqueiam dezenas de estradas na Colômbia

Daniel MUNOZ

Caminhoneiros participam de um protesto contra o aumento dos preços dos combustíveis em Bogotá, em 30 de agosto de 2024

Daniel MUNOZ

Pelo menos uma dezena de estradas da Colômbia registravam bloqueios intermitentes nesta segunda-feira (2) devido aos protestos do setor de transporte contra o aumento nos preços do diesel decretado pelo governo.

De tratado com o que foi anunciado semanas detrás pela gestão do presidente esquerdista Gustavo Petro, o preço do combustível usado pela maioria dos veículos de fardo aumentou o equivalente a 46 centavos de dólar (R$ 2,6) por galão (3,8 litros) no término de semana.

Em resposta, os transportadores estacionaram seus caminhões nas principais rotas de entrada a Bogotá e também nas que conectam o núcleo do país com a Venezuela, o sul e a costa do Caribe, de tratado com autoridades de trânsito.

A Prefeitura de Bogotá informou sobre “afetações” e cortes “intermitentes” em oito vias, incluindo as principais rotas de entrada à capital, com murado de oito milhões de habitantes.

Uma povaréu foi forçada a descer dos ônibus de transporte público e caminhar até seu fado devido aos bloqueios na ingressão a oeste de Bogotá, conforme vídeos divulgados por meios locais.

Ou por outra, nos departamentos de Santander (setentrião) e Setentrião de Santander (nordeste), que conectam a capital com a Venezuela e a região Caribe, há outros oito bloqueios de estradas, na sua maioria intermitentes, de tratado com os governos locais.

Uma mulher venezuelana que viajava para a cidade fronteiriça de Cúcuta em um ônibus teve problemas de saúde em um dos bloqueios e morreu nesta segunda-feira, segundo informou o secretário do Interno de Santander, Oscar Hernández.

Ou por outra, a estrada entre Bogotá e Villavicencio, que conecta a capital com as regiões petrolíferas e agrícolas do sudeste do país, também apresenta um “bloqueio temporário” devido aos protestos, segundo o Instituto Vernáculo de Vias.

– Incisão no subvenção –

Transportadores e governo realizaram várias reuniões nas últimas semanas sem chegar a um tratado sobre o aumento no valor do combustível.

A subida nos preços do diesel “impactará o dispêndio de vida e a cesta básica dos 60 milhões de colombianos”, reclamou a Associação Colombiana de Caminhoneiros (ACC) na rede social X.

Apesar do aumento, o valor deste hidrocarboneto na Colômbia é o terceiro mais barato da região graças a um subvenção estatal. O diesel somente é mais barato no Equador e na Bolívia, segundo o governo.

O executivo procura um aumento gradual de 1,5 dólares (R$ 8,4 reais) uma vez que medida para fechar o buraco nas finanças públicas causado pelo subvenção ao diesel, que é estimado em murado de 288 milhões de dólares (R$ 1,62 bilhão) até o término do ano.

“O subvenção que estamos dando ao diesel poderíamos perfeitamente usar (…) para entregar um subvenção a todas as famílias vulneráveis da Colômbia”, também “poderíamos estar construindo várias vias que hoje têm problemas”, argumentou no X o ministro da Quinta, Ricardo Bonilla.

O governo afirma que 56% dos veículos na Colômbia usam diesel, sendo a maioria transporte de fardo e transporte público.

O governo Petro tem realizado aumentos graduais no preço da gasolina nos últimos dois anos, até chegar a um aumento de quase 100%.

No entanto, ele havia se abstido de aumentar o preço do ACPM (diesel generalidade), já que a medida afeta diretamente os preços do transporte e dos víveres, em um país com uma das taxas de inflação mais altas da região.

Em 2024, o Índice de Preços ao Consumidor vinha se estabilizando até chegar a 6,86% em julho, quase cinco pontos a menos do que no mesmo mês de 2023.

No poder desde 2022, Petro tem uma ambiciosa agenda ambientalista que contempla açodar a transição da economia para energias limpas.

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