GWM quer fazer legado com centro de engenharia local e carro exclusivo para o Brasil

Apesar das montadoras chinesas estarem presentes no Brasil há pelo menos 20 anos, com Chery e JAC sendo as pioneiras, foi nos últimos dois anos que o país se tornou um sorte para investimentos robustos das marcas asiáticas. Entre o final deste ano e o início do próximo, pelo menos quatro novas marcas devem desembarcar em solo brasílico.

Mais do que vender carros, algumas dessas empresas chinesas querem deixar um legado no Brasil, desenvolvendo veículos focados especificamente no consumidor lugar. Esse é o caso da GWM, que pretende investir um totalidade de R$ 10 bilhões até 2032. Na primeira temporada desse aporte, de R$ 4 bilhões, está incluída a construção de uma fábrica e de um dos ativos mais estratégicos para a companhia: um meio de pesquisa e desenvolvimento.

Ricardo Bastos, diretor de Assuntos Institucionais da GWM Brasil, explica, em entrevista exclusiva à EXAME Casual, que o espaço físico do meio ainda não está pronto, faltando a compra de alguns equipamentos, mas que os engenheiros já estão trabalhando para homologar carros vindos da China e adequar os veículos ao palato do consumidor brasílico. O projeto é liderado por Márcio Alfonso, ex-CEO da Caoa Chery.

Bastos relata que a GWM está finalizando a adaptação de uma vegetal na cidade de Iracemápolis, no interno de São Paulo, que pertencia à Mercedes-Benz. O meio de engenharia será instalado no mesmo lugar. “Com o início da produção lugar, previsto para o primeiro semestre do próximo ano, a teoria é que possamos olhar cada vez mais para o consumidor brasílico. Podemos também, no porvir, desenvolver um resultado regional. Esse é um dos nossos desejos”, afirma.

Produção lugar

Com o início da produção lugar, a GWM espera crescer ainda mais em volume de vendas. No segmento de híbridos, a montadora chinesa ocupa a terceira colocação entre as que mais vendem no país, com 11.829 carros emplacados entre janeiro e julho deste ano, representando 20% do mercado. No segmento de elétricos, a marca está em segundo lugar, com 4.085 carros emplacados e 11% de participação, segundo dados da Fenabrave.

Esses números são impulsionados pelo Haval H6, que foi escolhido para ser o primeiro carruagem da GWM montado no Brasil. Ricardo Bastos avalia que a produção de baterias ainda é um tópico distante devido ao dispêndio ser consideravelmente subordinado na China. “Talvez, utilizando recursos do Movimentar, possamos montar baterias cá, mas isso ainda é um pouco para o porvir”, revela.

Haval H6: sucesso no mercado brasílico

Em julho, a traço Haval H6 liderou as vendas em três segmentos. Entre os híbridos, foram comercializadas 2.786 unidades, adiante do BYD Song (2.138) e do Toyota Corolla Cross (1.267).

Entre os eletrificados, o Haval H6 também foi líder de vendas, com suas 2.786 unidades superando o BYD Song (2.138) e o BYD Dolphin Mini (1.466). No segmento Premium (supra de R$ 300 milénio), o Haval H6 se destacou, com 605 unidades da versão GT vendidas.

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