Ministérios assinam acordo para incluir mulheres trans e intersexo em serviços como Ligue 180 – ac24horas.com

O MDH (Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania) e o Ministério das Mulheres assinaram nesta terça-feira (27) um convenção para fortalecer políticas públicas de promoção e resguardo dos direitos das mulheres lésbicas, bissexuais, transexuais, travestis e intersexo.

O convenção é uma das ações promovidas pela Secretaria Vernáculo dos Direitos das Pessoas LGBTQIA+ para marcar o Dia Vernáculo da Visibilidade Lésbica, comemorado em 29 de agosto.

O governo Lula (PT) afirma que a iniciativa é inédita e representa o primeiro passo para que mulheres lésbicas, bissexuais, transexuais, travestis e intersexo passem a ser atendidas, em suas especificidades, por serviços uma vez que o Disque 100, para denúncias de violações de direitos humanos, e o Ligue 180, de violência contra mulher. De convenção com o governo, 180 atendentes dos dois serviços foram treinados recentemente para o atendimento da população LGBTQIA+.

“O que nós estamos criando cá é um espaço em que o diálogo institucional para o aprimoramento da política de proteção das mulheres LBTI [lésbicas, bissexuais, transexuais, travestis e intersexo] possa fazer cada vez mais secção das políticas de desvelo do estado brasiliano”, afirmou o ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida.

A parceria entre o MDH e o Ministério das Mulheres prevê:

  • Atualização de protocolos de seguimento e monitoramento de denúncias pelos canais do Ligue 180, Disque 100, Ouvidoria Vernáculo de Direitos Humanos e Ouvidoria-Universal do Ministério das Mulheres;
  • Geração de protocolos e normas técnicas de promoção e resguardo de direitos das mulheres LBTI;
  • Intercâmbio de dados e informações sobre boas práticas e experiências;
  • Produção de evidências a serem disponibilizadas para os órgãos públicos, orientando as tomadas de decisão e a elaboração de políticas públicas e a realização de formações e produção de materiais informativos.

Para Bel Sá, secretária substituta da Secretaria Vernáculo dos Direitos das Pessoas LGBTQIA+, o convenção tem potencial para fazer a diferença na vida das pessoas.

“Sou uma mulher lésbica da periferia de São Paulo que nunca imaginou estar representando todas as mulheres lésbicas, bissexuais, travestis, transsexuais e intersexo assinando um convenção que se propõe a fazer a diferença na vida dessa população que espera ser atendida por políticas públicas que, infelizmente, ainda não chegam lá na ponta”, afirmou.



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