Economia com "pente-fino" no BPC ainda é incerta, diz ministro Wellington Dias

Secção fundamental do “pente-fino” em programas do governo, a redução nos gastos com o Favor de Prestação Continuada (BPC) em 2025 é vista uma vez que incerta pelo Ministério de Desenvolvimento Social (MDS), responsável pelo cadastro dos beneficiários.

A dois dias da entrega da proposta orçamentária do ano que vem, o ministro Wellington Dias afirma que o trabalho de revisão do cadastro já foi iniciado, mas só deve terminar em março de 2025.

Até lá, é verosímil que exclusões de nomes diante da constatação de irregularidades sejam compensadas pela ingressão de novos beneficiários, já que o número de requerimentos do auxílio tem aumentado. Segundo ele, por isso, não é verosímil prezar desde já o resultado a que se chegará.

“Temos muita dificuldade de fazer essa projeção (sobre o saldo final). Por exemplo, temos pessoas que podem contrariar a notificação para exclusão e conseguir justificar a permanência. Aliás, outras pessoas poderão entrar. Não conseguimos precisar agora”, disse o ministro ao GLOBO.

Equipe vai detalhar cortes

Integrantes da equipe econômica marcaram para hoje uma entrevista para detalhar o processo de revisão de gastos. Em julho, o ministro da Rancho, Fernando Haddad, anunciou que o presidente Lula autorizara um galanteio de R$ 25,9 bilhões em despesas obrigatórias no Orçamento de 2025. Segundo ele, o número havia sido calculado depois consulta a diferentes pastas.

A revisão do BPC — uma checagem ampla para fechar as portas contra fraudes — passou a ser uma das principais apostas para se chegar ao valor. O BPC é um salário mínimo pago a idosos e pessoas com deficiência de baixa renda.

O favor está na mira do governo porque o número de favorecidos vem aumentando rapidamente desde 2022. De janeiro de 2019 a maio de 2022, houve aumento de 130 milénio beneficiários. De lá para cá, o desenvolvimento ultrapassa 1 milhão.

Foco em 460 milénio

De concordância com Dias, a revisão no BPC vai principiar com muro de 460 milénio pessoas que não atualizam o cadastro há bastante tempo, de um totalidade de muro de 6 milhões de beneficiários. É desse grupo que deve transpor o maior número de irregularidades detectadas.

Em média, o índice de fraudes nesses casos gira em torno de 50%, de concordância com o ministro. No caso do BPC, um milhão de beneficiários representa desembolsos de muro de R$ 16,8 bilhões ao ano.

Técnicos do MDS chegaram a prezar que as medidas de checagem no favor poderiam levar ao galanteio de muro de 670 milénio nomes do BPC e a consequente economia de R$ 6,6 bilhões com o auxílio por ano. A nota técnica foi remetida ao Ministério do Planejamento, que comanda o trabalho de revisão de gastos do governo.

Ocorre que a economia com o combate a fraudes pode permitir a ingressão de novos beneficiários, um pouco que aconteceu com a revisão do Cadastro Único (CadÚnico) no caso do Bolsa Família, disse o ministro. Nesse caso, 3,7 milhões foram excluídos, enquanto identificou-se que 4,4 milhões estavam enquadrados no programa e ainda não recebiam.

Hoje, o principal programa social do governo atende 20,8 milhões de famílias. O orçamento para 2024 é de R$ 168,6 bilhões. A expectativa é que suba para R$ 178 bilhões no ano que vem.

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