
Atraso em repasses ameaça tratamentos do Araújo Jorge
O Hospital de Cancro Araújo Jorge (HAJ), referência em oncologia no Meio-Oeste, alerta estar passando por uma crise financeira grave em razão de atrasos nos repasses de recursos pela Prefeitura de Goiânia. A dívida, que soma murado de R$ 45 milhões, prenúncio a perpetuidade de tratamentos necessários para os pacientes, porquê quimioterapias e cirurgias.
De concordância com Alexandre Meneghini, presidente da Associação de Combate ao Cancro em Goiás (ACCG), entidade responsável pela gestão do hospital, o HAJ tem 90% de sua receita dependente dos repasses feitos pelo município, mas o detença nos pagamentos por secção da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) pode levar à paralisação dos serviços. “Temos feito o verosímil para minimizar os efeitos desses atrasos, mas está cada vez mais difícil. Se os recursos não forem liberados com urgência, podemos enfrentar um colapso no atendimento, o que teria consequências diretas para os pacientes que dependem de nossos serviços”, alertou Meneghini.
Conforme informações da diretoria do hospital, a dívida acumulada inclui valores referentes à produção de maio e junho de 2024, em relação a emendas parlamentares, processos administrativos e ao piso da enfermagem.
A instituição afirma que os repasses são feitos com regularidade pelo Fundo Vernáculo de Saúde para o Fundo Municipal de Saúde de Goiânia. Entretanto, o envio do verba para o Hospital de Cancro Araújo Jorge tem uma média de 40 dias de detença.
Por meio de nota, a Secretaria Municipal de Saúde explicou que realiza o pagamento dentro das condições da cidade. “A Secretaria Municipal de Saúde esclarece que tem se hipotecado para realizar os pagamentos ao Hospital Araújo Jorge. Os repasses estão ocorrendo dentro das condições do município. O mês de maio foi quitado na última quarta-feira (14/8) e novos pagamentos estão sendo planejados”, afirma o texto.
Quanto ao pagamento do piso da enfermagem, a secretaria explica que espera recursos federais para realizar o pagamento. “Quanto à diferença do piso da enfermagem, ainda não houve liberação de recursos por secção do Ministério da Saúde (MS) para que o município possa realizar o repasse”, finaliza a nota à prensa.