Manifestantes chamam Biden de 'genocida' na porta da Convenção Democrata

Chicago, Estados Unidos – A poucos metros do lugar que sediará a Convenção Democrata, em Chicago, nos Estados Unidos, centenas de manifestantes se reuniram para reivindicar contra a política do governo de Joe Biden de fornecer suporte à Israel no conflito contra o Hamas na Fita de Gaza.

“Genocide Joe” (Joe genocida) era exclusivamente um dos gritos de ordem dos manifestantes reunidos no Union Park, no início da tarde desta segunda-feira, 19. No United Center, a poucos metros, membros do Partido Democrata faziam os últimos ajustes para sua Convenção, que oficializará o nome da vice-presidente Kamala Harris porquê candidata do partido para a disputa eleitoral de novembro contra o ex-presidente Donald Trump.

“Esperamos que, ao mostrar que tantas pessoas se importam com essa questão [da Palestina], cá do lado de fora, as pessoas dentro possam mostrar para Kamala Harris que isso é importante para a eleição. Precisamos de um cessar-fogo agora e de um embargo à venda de armas para Israel”, diz Mary Zerkel, da entidade American Friends Service Commitee.

Palco montado no Union Park para sintoma contra o suporte americano a Israel – Foto: Luciano Pádua/EXAME

Zerkel mora em Chicago e diz que muitos palestinos vivem na cidade e em seus periferia. “Conheço pessoas que vivem cá e perderam mais de centena pessoas de sua família e conhecidos”, conta.

Cartazes, bandeiras e bonecos

No protesto, bandeiras da Palestina, cartazes contra a gestão de Biden e até um boneco gigante que simbolizava o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, davam o tom da insatisfação dos presentes.

“Palestina livre”, gritavam os organizadores do evento no núcleo do palco, que acompanhados pelos manifestantes.

Havia ativistas coletando assinaturas para a geração de um partido trabalhista, enquanto outros promoviam ideias comunistas, com jornais e panfletos sobre porquê completar com o capitalismo.

O protesto desta segunda-feira, 19, é exclusivamente uma das dezenas manifestações marcadas para a semana em Chicago. A cidade, que já recebeu 12 convenções partidárias e tem longa trajetória na política pátrio americana, está em alerta. As autoridades já informaram que serão duras com quaisquer desvios de comportamento fora das normas acordadas com os organizadores.

No caso do Union Park, que EXAME visitou, haverá concentrações todos os dias a partir de meio-dia. Por volta das 16h, os manifestantes farão uma marcha até o núcleo da cidade.

“Eu votei em democratas minha vida toda, mas pela primeira vez, estou considerando não faer isso, por culpa do suporte cego que eles estão dando a Israel”, diz Catalina Rodriguez, que integra o coletivo Palestine Activism, formado por moradores do subúrbio de Chicago. “Israel está fazendo coisas terríveis a pessoas inocentes, e ela [Kamala] precisa parar de financiar isso. Precisa tomar ações. Ações, e não palavras.”

Rodriguez conta que seu grupo pretende vir todos os dias ao Union Park reivindicar, e que a maior marcha de protesto está prevista para quinta de tarde, dia em que Kamala fará seu oração na Convenção.

Prédio de Trump vira palco partidário

Um dos maiores edifícios de Chicago é a Trump Tower, que fica na região do Magnificent Mile, no núcleo da cidade. O prédio foi usado porquê núcleo de mensagens políticas. Literalmente.

Frente da torre Trump de Chicago com mensagens de suporte aos democratas (AFP/AFP)

No domingo, 18, ativistas democratas projetaram mensagens no prédio de mais de 400 metros porquê “Harris-Walz, alegria e esperança” e “Harris-Walz, lutando por você!”, e críticas aos republicanos porquê “Trump-Vance, esquisitos” ou “Trump-Vance, trabalham para si mesmos”

Na segunda, 19, foi a vez de políticos republicanos usarem o espaço para fazer um contraponto aos democratas.

Os senadores Ron Johnson, de Wisconsin, e Rick Scott, da Flórida, representantes da campanha de Trump, estão realizando uma coletiva de prelo na Trump Tower em Chicago, a primeira de uma série de eventos republicanos ao longo da semana, organizados muito ao lado da Convenção Pátrio Democrata, segundo o New York Times.

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