
Nãnê: sorvete de verdade com elementos da Amazônia no Acre – ac24horas.com
Sorvete de verdade. Sorvete da fruta. Seja qual for o termo, a única regra do empreendimento que inaugura nesta segunda-feira (19), em Rio Branco, é dar adeus aos insumos industrializados e um olá para os produtos 100% naturais (de verdade). A Nãnê Sorvete Amazônico é a novidade aposta da chef de cozinha acreana Izanelda Magalhães. Com 12 anos de atuação na gastronomia – 10 primeiro do Jannus Bistrô -, procura, agora, inferir a população por meio da sobremesa mais querida no Acre: o sorvete.
Porquê diferencial, a Nãnê carrega um DNA genuinamente acreano, produzindo sorvetes com frutas, extratos e ingredientes da Amazônia. A experiência não se limita exclusivamente ao sabor, mas no resgate de memórias afetivas e na valorização das matérias-primas locais. São dezenas de polpas, extratos com essências de casca de árvores, flor, folhas, sempre trocando as fórmulas prontas e industrializados por produtos naturais.
Nem mesmo as famosas casquinhas escapam da originalidade. Estas são artesanais, feitas diariamente, aromatizadas com raspas de limão siciliano e cumaru de cheiro, também publicado no mundo da culinária uma vez que a ‘baunilha da Amazônia’. Outrossim, as casquinhas apresentam plebeu texto de açúcar. Os sorvetes ditos naturais são produzidos de fruta de verdade, sem pozinhos comprados prontos ou saborizantes artificiais. E essa é a grande promessa da Nãnê, justamente oferecer sempre produtos frescos.


As casquinhas do sorvete também serão artesanais, aromatizadas com cumaru de cheiro e raspas de limão siciliano (FOTO: JARDY LOPES)
“Estamos no envolvente de maior biodiversidade do planeta e com frutas, muitas vezes, exclusivas. Os produtos naturais da Amazônia sempre estarão em subida, tanto no Brasil uma vez que no exterior”. Segundo Izanelda, não utilizar ou reduzir ao sumo o uso de gorduras trans, açúcar, entre outros, é uma tendência do mercado da saúde. ‘’Alem de ser estratégia de buscar mercado, é uma tendência de buscar mais saúde em um resultado que todos adoram e que faz segmento da memória degustativa da maioria das pessoas. Não há quem não goste de sorvete, ainda mais sendo oriundo’’.


Sorvetes 100% naturais, sem aditivos industriais, é o poderoso da Nãnê; sabores serão sazonais (FOTO: JARDY LOPES)
A teoria de gerar a Nãnê surgiu durante o processo de geração de sobremesas no Jannus Bistrô, onde desenvolve receitas e novas criações culinárias com substância amazônicos. Para uso de produtos 100% naturais, o processo envolve todas as partes das frutas, das sementes e dos grãos, baseando-se, ainda, em estudos da etnomedicina para produzir sabores.
’Trabalho no ramo de alimento, mas, até portanto, zero exclusivamente com sorvetes, que tem suas particularidades. O processo de estudo das técnicas de balanceamento e teste de novos sabores despertaram para possibilidade de furar um envolvente restrito para sorvetes naturais com sabores amazônicos, valorizando, além das frutas, os conhecimentos da etnobotânica, muito usada pelas populações tradicionais, indígenas, ribeirinhos e seringueiros. O uso da etnomedicina para produzir sabores é um resgate das nossas origens alimentares. A maioria dos acreanos já tomou xarope granjeiro com casca de cumaru de cheiro, o publicado ‘lambedor’, feito de vegetal poderosa com vários benefícios fitoterápicos”.
Além da casca, o uso da semente é amplamente utilizado na gastronomia mundo afora e Rio Branco desponta agora uma vez que a única cidade a ter sorvete de cumaru de cheiro, a chamada baunilha da Amazônia. Magalhães garante que novas criações e novos sabores de sorvete estão por vir na Nãnê.
O uso de frutas amazônicas é amplamente propagado, mas, por vezes, esquecido, por isso o surgimento da Nãnê levanta a bandeira regional. “O uso das frutas é um resgate de memórias e de valorização de quem produz. Muitas vezes, as frutas mais saborosas ficam esquecidas no consumo quotidiano. A procura por valorizar ingredientes amazônicos é realizada por muitos profissionais, tanto da Amazônia, uma vez que de outras regiões do Brasil e do mundo. O uso de extratos com essências de casca de árvores é um modo vetusto de procura de saúde e trato e adaptamos isso para um resultado que todos adoram, em uma região de clima quente, uma vez que é nossa cidade”.
O desenvolvimento de novos sabores e geração de memória degustativo é um repto quotidiano, feito não só na cozinha, mas com parceiros importantes, uma vez que a Universidade Federalista do Acre (Ufac), a Instalação de Tecnologia do Acre (Funtac), o
Serviço Brasílico de Pedestal às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e outros profissionais que gostam do repto de gerar ou deslindar novos saberes e sabores. “A gente vê muitos estabelecimento trocando a fruta por fórmulas prontas e industrializaras, o que é grande perversão, pois estamos em envolvente de maior biodiversidade do planeta e com frutas exclusivas. Temos que voltar a usar [frutas] de forma mais consciente e valorizá-las”, destaca a chef.
A diferença principal da empresa está na utilização de produtos naturais, da fruta, das sementes e dos grãos: “vamos produzir sorvete de moca e o primeiro será o Moca Náuas, da minha cidade Cruzeiro do Sul, e que está na minha memória afetiva. Mas também usaremos moca de Mâncio Lima a Acrelândia, usar a produção sítio para valorizar os produtores”.
Os sabores serão sazonais. Em tempo de manga, haverá sorvete de manga; idade de cajarana, sorvete de cajarana; tempo de graviola, sorvete de graviola, na colheita de moca, sorvete de moca. Nesta inauguração, haverá 11 sabores da estação: açaí; buriti; manga com maracujá; moca Náuas; graviola; cupuaçu com pitaia vermelha; cumaru; cajarana e tapioca com coco. Além do sorvete de globo, terá também o sorvete soft ou expresso, com casquinha.
Para combinar com a filosofia da Nãnê, o sítio escolhido para homiziar o primeiro espaço físico foi o Horto Florestal, importante parque urbano na capital acreana. Mas a médio e longo prazo, o planejamento é que Nãne esteja em todos parques urbanos da cidade de Rio Branco.


Primeira unidade da Nãnê será no parque urbano Horto Florestal, em Rio Branco (FOTO: JARDY LOPES)
“Esse envolvente concilia com o concepção da marca e da proposta de ser oriundo. No Horto, estamos alinhando para realizamos trilhas novas para as pessoas conhecerem cumaru, jatobá e outras espécies que iremos usar para produzir sorvete. Queremos associar ainda mais zelo e valorização nesses espaços. Por isso, nossas unidades são móveis, sendo verosímil colocá-las nestes ambientes, integrados totalmente ao envolvente e não trazendo mudanças ou danos na rotina dos parques. Proporcionar à população produtos de boa qualidade, em lugares que façam muito para a saúde física e mental”.
Nãnê Sorvete Amazônico surgiu durante um diálogo entre Izanelda e sua mana, a agrônoma e médica Izanete Magalhães, que tem se devotado a estudar, testar sabores e deslindar novos produtos alimentares e fitoterápicos da floresta. Nãnê significa jenipapo, que na linguagem ascendente, significa fruta que serve para pintar, além de ser reconhecida uma vez que proteção místico para povos originários. Outrossim, usada para trato de males e doenças físicas. Nãnê é uma homenagem à dedicação da mana, Izinha, uma vez que é carinhosamente chamada pela família. “Sua persistência é exemplo para muitos profissionais, pois ela retornou ao sítio de promanação, a Vila Restauração, no Elevado Juruá, para se destinar a cuidar da saúde dos que mais precisam nos locais mais isolados do Acre”.
A chef Izanelda Magalhães nasceu em Cruzeiro do Sul (AC), é formada em engenheira agrônoma e atua na espaço da gastronomia há 12 anos. Possui um bistrô chamado Jannus, onde tem uma iniciativa peculiar no modo de usar a culinária e ingredientes regionais.