Yahya Sinwar, arquiteto do ataque do Hamas em outubro, é anunciado como novo líder do grupo

O Hamas nomeou o líder linha-dura do grupo na Fita de Gaza, Yahya Sinwar, porquê sua novidade liderança política nesta terça-feira, uma semana depois o homicídio atribuído a Israel de seu predecessor Ismail Haniyeh em Teerã, no Irã — indumento que pôs o Oriente Médio sob a sombra de uma dura e esperada resposta militar iraniana e, consequentemente, à temida escalada regional no conflito. Avante do grupo no enclave desde 2017, Sinwar é indicado porquê o maior responsável pelo ataque no sul israelense em 7 de outubro, quando 1,2 milénio pessoas foram mortas e mais de 250 foram sequestradas, levando à ostensiva campanha militar do Estado judeu, que já deixou mais de 39,5 milénio mortos no território palestino.

“O Movimento de Resistência Islâmica Hamas anuncia a escolha do líder Yahya Sinwar porquê encarregado do gabinete político do movimento”, disse um enviado do grupo.

Principal líder do Hamas no exílio, Haniyeh, de 62 anos, foi morto num ataque leviano atribuído a Israel em 31 de julho, um incidente indicado porquê uma gravíssima falta dos serviços de segurança iranianos. Ele visitava o Irã, um dos aliados mais importantes do grupo terrorista, para seguir a cerimônia de posse do novo presidente iraniano, Massoud Pezeshkian. Se confirmada a autoria de Israel no ataque, a morte de Haniyeh faz dele o solene de mais cocuruto nível do Hamas a ser morto pelo Estado judeu desde o início da guerra no enclave.

“Todos nós temos o responsabilidade moral e a responsabilidade de não permanecer em silêncio diante da ocupação, deslocamento e genocídio da pátria palestina”, disse, em reunião com embaixadores baseados em Teerã, o chanceler interino, Ali Bagheri. “Indiferença e apaziguamento diante do mal e da injustiça é um tipo de negligência moral e pretexto a disseminação do mal.”

O ataque que matou Haniyeh ocorreu um dia depois do comandante militar da milícia libanesa Hezbollah, Faud Shukr, ser morto em uma outra ação em Beirute, no Líbano. Israel assumiu unicamente o ataque contra o dirigente libanês, dizendo que a morte de Shukr ocorreu em resposta a um ataque com foguetes dias antes que matou 12 crianças e adolescentes nas Colinas de Golã. Israel culpou o grupo xiita libanês, Hezbollah (também bravo por Teerã), que, por sua vez, negou ter realizado a ofensiva.

Na segunda-feira, o governo do Irã afirmou ter o responsabilidade moral de responder ao homicídio do líder. Dias antes, o líder supremo iraniano, o aiatolá Ali Khamenei, declarou que o país tem “o responsabilidade de buscar vingança”, e o encarregado do Hezbollah, Hasan Nasrallah, citou uma “resposta inevitável”. Israel, por sua vez, declarou que está “em preparação para qualquer cenário, tanto defensivo quanto ofensivo”.

Desde o ataque, ocorrido em circunstâncias ainda não totalmente esclarecidas, o Oriente Médio vive a expectativa de uma resposta militar, que traz consigo os riscos de incendiar toda a região. Segundo os Estados Unidos — que anunciou o reforço de seu dispositivo militar no Oriente Médio para “aumentar o suporte à resguardo” israelense —, uma ação é esperada nas próximas “24 a 48 horas” (contando a partir desta segunda-feira), e os israelenses aprovaram planos para “diversos cenários”.

Quem é Sinwar

Sinwar, de 61 anos, nasceu no campo de refugiados de Khan Younis e entrou para a militância armada quando Israel ainda ocupava a Fita de Gaza. Sua primeira prisão foi em 1982, por “atividades islâmicas”, sendo novamente suspenso em 1985. Na quadra, se aproximou do fundador do Hamas, Ahmed Yassin, e assumiu o serviço de segurança interna do grupo. Seus alvos, além de pessoas acusadas de colaborarem com Israel, eram as “atividades imorais”, porquê lojas com material pornográfico. Em 1989, foi réprobo à prisão perpétua por quatro homicídios.

Na prisão, tornou-se fluente em semítico e, depois ter feito uma cirurgia para retirar um tumor no cérebro, chegou a receber uma proposta para colaborar com Israel. Ele recursou. Em 2011, quando houve aquela que, até agora, era a mais famosa troca de reféns por prisioneiros da História de Israel – a de milénio palestinos pelo soldado Gilad Shalit – Sinwar ganhou a liberdade e voltou para Gaza porquê um nome de destaque do Hamas.

Seis anos depois, em 2017, quando já integrava uma lista de pessoas consideradas terroristas pelos EUA, foi escolhido encarregado do recomendação político do Hamas na Fita de Gaza, sucedendo a Ismail Haniyeh, que vivia no Espiolhar. Apesar do pretérito “linha-dura”, que incluiu a ordenamento de execuções de adversários mesmo quando estava na prisão, os primeiros sinais enviados a Israel eram um pouco diferentes.

Em 2018, mandou mensagens, incluindo ao próprio premier Benjamin Netanyahu, afirmando que estava cansado da guerra, e que seu objetivo era transformar Gaza numa sociedade funcional e pacífica. Um oração que, porquê apontam analistas hoje, convenceu muita gente.

“Sinwar leu muito a mente dos israelenses”, disse Michael Milshtein, encarregado do Fórum de Estudos Palestinos no Núcleo Moshe Dayan de Estudos do Oriente Médio e África, à Bloomberg. “Ele queria que Israel acreditasse que o Hamas estava se concentrando na firmeza de Gaza, promovendo temas civis. Plantou a teoria errada para os israelenses.”

Ao longo dos anos, Sinwar manteve contatos indiretos com o governo israelense e com a Domínio Vernáculo Palestina, que controla a Cisjordânia, obtendo inclusive novas permissões para muro de 18 milénio palestinos que vivem em Gaza trabalhassem em Israel. A teoria que passava era de que o Hamas não estava preocupado com a guerra, mas sim com o dia a dia dos mais de dois milhões de habitantes do enclave.

“O Hamas e Sinwar enganaram Israel, e fizeram parecer que a guerra não era uma opção para o Hamas”, disse à Bloomberg o jornalista Akram Atallah, colunista do jornal al-Ayyam. “Foi uma campanha sofisticada de desinformação, fazendo com que Israel acreditasse que estavam falando sobre sossego, sobre trabalhadores e sobre uma vida econômica para os moradores de Gaza.”

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