Ex-chefes de Estado pedem a Lula e Petro que reconheçam vitória de Urrutia

Um grupo de 29 ex-chefes de Estado pediu nesta sexta-feira ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e ao presidente da Colômbia, Gustavo Petro, que reconheçam a vitória de Edmundo González Urrutia nas eleições do último domingo na Venezuela.

Em missiva enviada a ambos os presidentes, os membros da chamada Iniciativa Democrática da Espanha e das Américas (Idea) relataram as limitações impostas pelas autoridades eleitorais venezuelanas durante todo o processo “minado” que terminou com as eleições do último domingo.

Os ex-chefes de Estado enfatizaram que, embora o Juízo Vernáculo Eleitoral (CNE) do país tenha proferido o atual presidente, Nicolás Maduro, uma vez que vencedor, o candidato da oposição e a líder opositora María Corina Machado, tornaram públicos 81% das atas de votação que dão Urrutia uma vez que vencedor com 67% dos votos, em verificação com 30% obtidos por Maduro.

“A única coisa que pode ser feita é reconhecer o status de Edmundo González Urrutia uma vez que presidente eleito da Venezuela, depois a verificação por órgãos técnicos eleitorais internacionais”, argumentam.

Eles descreveram uma vez que “grave” o comportamento do governo venezuelano uma vez que “repressão, resultando em mortes, ferimentos, prisões e desaparecimentos, de seu povo, que está simplesmente exigindo reverência à sua vontade soberana”.

Os ex-chefes de Estado também lamentaram que o governo de Maduro tenha ordenado a “prisão do presidente eleito e de Machado, que o apoia”.

Os presidentes enfatizaram que não se trata unicamente de um dilema sobre uma verosímil fraude eleitoral ou de um escrutínio suspenso de peroração, mas de “um ato ou comportamento que, de forma flagrante e gritante, destrói e desrespeita a ordem constitucional e permitido por meio de uma grave modificação da democracia”.

Eles pedem a Lula e Petro que entendam que, se esse precedente for aceito, será um exemplo que afetará todas as democracias da região.

Entre os signatários da missiva estão a ex-presidente do Panamá, Mireya Moscoso, e o boliviano Jorge Tuto Quiroga, que foram impedidos pelas autoridades venezuelanas de voar do Panamá para Caracas, onde pretendiam participar uma vez que observadores eleitorais nas eleições do último domingo.

Nesta sexta-feira, o CNE venezuelano ratificou que Maduro foi reeleito no pleito de domingo pretérito com 51,95% dos votos, contra 43,18% de Urrutia, com 96,87% das atas apuradas.

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