Eleições EUA: faltam 3 meses para os americanos irem às urnas. E a tensão só aumenta

Chicago – “Weir-do!”.

É quarta-feira de manhã, 31, na espaço meão de Chicago. A reportagem da EXAME espera na lajedo do hotel Hilton, onde o ex-presidente Donald Trump daria uma entrevista naquele dia. Algumas dezenas de manifestantes foram até lá. A maioria veio reclamar contra Trump, e uns poucos, defendê-lo. Brigas surgem entre eles.

Um apoiador republicano, preto e com quase dois metros de profundidade, começa a espancar boca com outro varão, também preto, e mais plebeu, que o critica por estribar o republicano. Surge uma roda ao volta deles, que alternam provocações e ironias, mas sem chegar às vias de veste. Os argumentos são rasos.

“Trump foi um bom presidente para os negros”, diz um.

“Ele é um racista. Porquê você tem coragem de apoiá-lo? Por que você não vai pra morada?”, replica o outro.

“Vai você, varão pequeno”, diz o um.

“Sim, eu sou um varão pequeno. Vai pra morada você, varão grande”, afirma o outro.

A situação seguiu por longos minutos.

Enquanto os dois brigam, um terceiro varão, um apoiador democrata de cabelos brancos, grita “weir-do” (estranho) para o fã de Trump, várias vezes. Parece uma desavença de recinto de escola, mas é uma cena da eleição dos Estados Unidos — e sua estável: a polarização.

Faltam três meses para a votação, e a tensão entre os candidatos vai aumentando. O noticiário das principais redes e sites é escravizado mais pela troca de farpas do que por propostas. E vale ressaltar que, nesta disputa, Trump sofreu um ataque a tiro, há menos de um mês. Enquanto fazia um comício na Pensilvânia, um varão de 20 anos disparou contra ele, e foi morto em seguida. O ex-presidente teve exclusivamente um ferimento ligeiro — duas pessoas ficaram feridas e um varão morreu.

Posteriormente o tiro, Trump ensaiou um exposição de união, e os democratas também baixaram os ataques. Mas durou pouco. Menos de uma semana depois, em seu exposição na Convenção Republicana, o ex-presidente voltou a hostilizar os adversários e os imigrantes, retomando o estilo de campanha que o consagrou: culpar estrangeiros e políticos democratas pelos males do país e tentar deslegitimar seus rivais.

Com a saída de Biden e a troca de candidatura presidencial, Kamala Harris chegou com força para enfrentar Trump. Logo nos primeiros discursos, já disse que colocaria sua experiência de procuradora para enfrentar Trump, “um criminoso”. “Eu conheço seu tipo” virou uma frase generalidade nos discursos dela desse início de campanha.

Horas antes do evento no Hilton, Kamala fez um exposição em Atlanta, na noite de terça, 30. “Se você tem alguma coisa a manifestar, porquê diz o ditado, venha manifestar na minha faceta”, disse ela, ao comentar a resistência de Trump em ir a um debate com ela.

Um debate presencial entre os dois candidatos ainda não está confirmado. Trump refugou do congraçamento que havia feito, de ir a um programa do tipo em 10 de setembro, na ABC, e disse que só tratará do ponto em seguida Kamala ser confirmada porquê candidata, alguma coisa que deve ocorrer nos próximos dias.

Trump confronta jornalistas

Na entrevista de Trump na quarta, ocorrida com delonga duas horas depois, o tom de tensão e de provocações se repetiu.

Ele foi até o encontro anual da NABJ, a associação pátrio de jornalistas negros dos EUA. O invitação feito pela entidade, que costuma ouvir candidatos presidenciais há décadas, gerou críticas públicas: por que a associação deveria dar palco a um candidato que já fez ironias com temas raciais e mostrou simpatia a supremacistas brancos? Essa foi logo a primeira questão, feita pela jornalista Rachel Scott, da ABC.

Trump respondeu de forma malcriada: reclamou do delonga do primícias da entrevista, que nunca tinha ouvido uma pergunta tão ruim, que faltou um “oi, tudo muito?” e fez ataques à ABC.

Durante a conversa, o ex-presidente fez também ataques pessoais à rival democrata, Kamala Harris. Disse que “não sabia que ela era negra”, pois achava que ela se identificava porquê indiana. Além de um ataque pessoal, a tática lembra alguma coisa que o republicano fez contra o portanto presidente Barack Obama: questionar se ele era mesmo americano. Durante anos, Trump bateu nesta tecla, mesmo em seguida Obama mostrar sua diploma de promanação.

Nos momentos mais tensos, porquê respostas diretas de Trump e réplicas rápidas das entrevistadoras, a plateia reagiu, com algumas vaias, alguns aplausos e sons de surpresa, porquê se não soubesse muito porquê agir em uma situação porquê aquela, em que o entrevistado tentava desqualificar as jornalistas.

O tom usado por Trump foi criticado horas depois em análises na prelo americana e até por republicanos. “É preciso ser zeloso com isso. Porquê cada pessoa negra na América sabe, ela é negra. Eu não sei o que ele realmente quis manifestar com isso”, disse o estrategista republicano Shermichael Singleton, na CNN, logo em seguida a fala de Trump.

Mais ataques de noite

Na noite de quarta, 31, mais ataques republicanos: o candidato à vice de Trump, J. D. Vance, chamou Kamala de falsa. “Ela foi para a Geórgia e começou a falar com um sotaque falso do sul. Kamala Harris cresceu no Canadá. Eles não falam daquele jeito em Vancouver ou Quebec”, disse, em um comício.

Nos últimos dias, Vance também foi questionado pela prelo americana por ter dito, em 2021, que Kamala e outras democratas eram “um quadrilha de senhoras com gatos e sem filhos que são miseráveis em suas próprias vidas”. Kamala, 59 anos, ajudou seu marido a produzir dois filhos do himeneu anterior dele.

O vice não recuou da posição: disse que estava sendo sarcástico, mas que acreditava no que tinha dito. “O ponto que fiz foi que ter filhos, ser pai ou mãe, muda sua perspectiva de forma profunda”, disse.

O tom inflamado ajuda a manter os apoiadores fiéis dos dois lados, mas a grande questão é o quanto esse comportamento poderá atrair eleitores independentes, que ao final decidirão a apertada disputa deste ano.

Todas as principais pesquisas mostram os dois candidatos em empate técnico, e os cidadãos que não defendem ferrenhamente nem Trump nem Kamala serão o leal da balança.

Na mesma lajedo do meio de Chicago onde EXAME presenciou a desavença que ilustra a introdução desta reportagem, um pequeno grupo de apoiadores da Palestina protestava com um papeleta escrito dos dois lados. Na frente, lia-se: “Trump, você não é bem-vindo cá”. Do outro lado: “E Kamala, você também não”.

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