Veja quais líderes mundiais reconheceram e constestaram a vitória de Nicolás Maduro na Venezuela

Em 2018, o sucessor do falecido Hugo Chávez (1999-2013) venceu uma eleição boicotada por seus principais adversários. Ele teve 47 pontos de vantagem para o segundo posto, Henri Falcón, candidato de uma oposição dividida.

Mas no domingo, 28, a oposição estava unida na eleição. As pesquisas apontavam o nepotismo do candidato Edmundo González Urrutia, um “outsider” escolhido pela carismática e popular líder opositora María Corina Machado, que foi impedida de concorrer por uma inabilitação política.

Mesmo assim, Maduro ficou sete pontos avante de González (51,2% dos votos, contra 44,2%), posteriormente a apuração de 80% dos votos, segundo o CNE, controlado pelo chavismo, um proclamação recebido com ceticismo pela comunidade internacional.

Estados Unidos

O dirigente da diplomacia americana, Antony Blinken, expressou “grave preocupação” com a possibilidade de que o resultado eleitoral anunciado na Venezuela não reflita a vontade do povo. Ele pediu uma apuração “justa e transparente” dos votos.

“Agora que a votação foi concluída, é de vital valia que cada voto seja descrito de forma justa e transparente. Pedimos às autoridades eleitorais que publiquem a narração detalhada dos votos (atas) para prometer a transparência e prestação de contas”, disse.

Colômbia

O chanceler da Colômbia, Luis Gilberto Murillo, pediu a “narração totalidade dos votos, sua verificação e auditoria de caráter independente” para “varar qualquer incerteza sobre os resultados”.

União Europeia

O dirigente da diplomacia da UE, Josep Borrell, pediu que a Venezuela garanta “totalidade transparência no processo eleitoral, incluindo a apuração detalhada dos votos e o chegada às atas de votação”.

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Espanha

O ministro espanhol das Relações Exteriores, José Manuel Albares, pediu ao país que garanta “totalidade transparência” na narração dos votos, a “publicação das atas” e que “a calma e a urbanidade sejam mantidas”.

Argentina

“DITADOR MADURO, FORA!!!”, escreveu o presidente prateado, Javier Milei, em sua conta na rede social X antes da divulgação dos resultados oficiais.

“Os dados anunciam uma vitória esmagadora da oposição e o mundo aguarda que reconheça a guia posteriormente anos de socialismo, miséria, decadência e morte”, acrescentou. “A Argentina não vai reconhecer outra fraude e espera que desta vez as Forças Armadas defendam a democracia e a vontade popular”.

 Chile

O presidente chileno, Gabriel Boric, disse que os resultados anunciados são “difíceis de confiar” e exigiu “totalidade transparência das atas e do processo”, e que observadores internacionais não comprometidos com o governo confirmem a verdade dos resultados”.

“Do Chile não reconheceremos nenhum resultado que não seja verificável”, acrescentou.

Peru

O chanceler peruviano, Javier González-Olaechea, anunciou que convocará o emissário do Peru na Venezuela para consultas diante do “graves anúncios oficiais das autoridades eleitorais venezuelanas”.

Costa Rica

O presidente da Costa Rica, Rodrigo Chaves, repudiou “categoricamente” a proclamação de Nicolás Maduro uma vez que presidente da República Bolivariana da Venezuela, que considerou “fraudulenta”.

Uruguai

Para o presidente uruguaio, Luis Lacalle Pou, “não se pode reconhecer um triunfo se não se confia na forma e nos mecanismos utilizados para chegar nele”.

Guatemala

“A Venezuela merece resultados transparentes, precisos e que correspondam à vontade do seu povo”, escreveu na rede social X o presidente da Guatemala, o social-democrata Bernardo Arévalo, que também disse ter recebido os resultados “com muitas dúvidas”.

Itália

“Tenho muitas dúvidas sobre o desenvolvimento regular das eleições na Venezuela”, afirmou o chanceler italiano, Antonio Tajani, que exigiu “resultados que possam ser verificados”.

Reino Unificado

O Ministério das Relações Exteriores do Reino Unificado afirmou que está preocupado com as acusações de “graves irregularidades” e pediu a “publicação rápida e transparente dos resultados completos e detalhados”.

China

A China, que mantém vínculos próximos com a Venezuela, felicitou Nicolás Maduro por sua reeleição e afirmou que está “disposta a enriquecer a associação estratégica” com o país latino-americano, informou um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores.  

Rússia

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, também felicitou Maduro. O país é um coligado tradicional da Venezuela e destacou que as relações entre os dois países “constituem uma associação estratégica” e que acredita que estas se desenvolverão “em todas as áreas”.

Cuba

“Hoje triunfou a pundonor e o valor do povo venezuelano sobre pressões e manipulações”, escreveu o presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel, na rede X.

Nicarágua

A Maduro “nossa homenagem e saudação, em honra, glória e por mais vitórias”, afirmou o presidente Daniel Ortega, que enviou “nosso amplexo eterno”.

Bolívia

O presidente da Bolívia, Luis Arce, saudou que “a vontade do povo venezuelano tenha sido respeitada nas urnas”, ao mesmo tempo que ratificou a “vontade de continuar fortalecendo os nossos laços de amizade”.

Honduras

A presidente de Honduras, Xiomara Castro, felicitou Maduro por “seu triunfo inquestionável, que reafirma sua soberania e o legado histórico do comandante” Hugo Chávez, o falecido presidente que escolheu Nicolás Maduro uma vez que sucessor.

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