Legisladores democratas aumentam pressão para que Biden desista da reeleição

Outros seis democratas do Congresso dos Estados Unidos pediram nesta sexta-feira ao presidente Joe Biden que abandone sua campanha pela reeleição e “passe o cajado” para que um líder mais jovem possa enfrentar o ex-presidente Donald Trump nas eleições presidenciais de novembro.

Com estes seis democratas, o número de membros do Congresso que pedem a desistência de Biden sobe para 31, o que constitui quase 12% dos membros da Câmara dos Representantes e do Senado que compõem a bancada democrata.

Dos 31 que lideram a “revolta”, 28 são membros da Câmara e os outros três, senadores.

O primeiro a pedir nesta sexta-feira a retirada de Biden foi Sean Casten, de Illinois, que, em uma pilastra de opinião no jornal “Chicago Tribune” intitulada “É hora de passar o cajado”, afirmou que, embora “me parta o coração dizê-lo (. . .), o presidente não está mais à profundidade do função”.

Pouco depois, em uma enunciação conjunta, quatro outros democratas instaram Biden a também “passar o cajado a uma novidade geração de líderes democratas”.

Justificativa dos legisladores

Embora tenham expressado sua “grande pasmo” por Biden, argumentam que é preciso “admitir a verdade” de que há preocupação entre o público sobre sua “idade e propensão” para governar por mais quatro anos e derrotar Trump em novembro.

“Acreditamos que a coisa mais responsável e patriótica que ele pode fazer neste momento é retirar-se porquê nosso candidato, enquanto continua liderando o nosso partido na Mansão Branca”, afirmaram no enviado.

Inclusão de novos membros no pedido

Entre os legisladores que assinam a enunciação está Marc Veasey, representante do Texas e o primeiro membro do Caucus Afro-americano a virar as costas a Biden, o que abriu uma brecha naquele que tem sido o conjunto de base mais possante do presidente no Congresso.

Também assinam a missiva Jesús ‘Chuy’ García, nascido em Durango (México) e membro do Caucus Hispânico, além de Marc Pocan, de Wisconsin, e Jared Huffman, da Califórnia, coligado da influente Nancy Pelosi, ex-presidente da Câmara dos Representantes.

Posteriormente, o senador Martin Heinrich, do Novo México, também sugeriu que Biden abra o caminho para permitir que o partido se unisse em torno de um candidato capaz de derrotar Trump, tornando-o o terceiro membro do Senado a tutelar a desistência do presidente.

Declarações adicionais

“Nascente momento na história da nossa país exige uma visão que vai além de qualquer tipo. O revinda de Donald Trump à Mansão Branca representa um risco existencial para nossa democracia. Devemos derrotá-lo em novembro e precisamos de um candidato que possa fazê-lo”, disse Heinrich.

Essa novidade leva de legisladores aumenta a pressão sobre Biden, que viu o seu base entre figuras importantes do partido diminuir nas últimas horas. Segundo publicou ontem o jornal “The Washington Post”, o ex-presidente Barack Obama (2009-2017) disse ao seu círculo próximo que Biden deveria “reconsiderar seriamente” o porvir da sua candidatura.

Os apelos por sua retirada surgiram posteriormente o debate de 27 de junho contra Trump, no qual Biden, que aos 81 anos é o presidente mais velho da história dos EUA, projetou uma imagem envelhecida e teve dificuldade em concluir algumas frases.

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