Brasil e Itália defendem acordo entre Mercosul e UE ‘o quanto antes’

EVARISTO SA

Luiz Inácio Lula da Silva e Sergio Mattarela conversam durante uma reunião no Palácio do Planalto, em Brasília, em 15 de julho de 2024

EVARISTO SA

Os presidentes de Brasil e Itália defenderam nesta segunda-feira (15), em Brasília, que Mercosul e União Europeia (UE) cheguem “rapidamente” a um convénio mercantil definitivo, estagnado devido à resistência de alguns países europeus.

“Uma vez que fiz na recente Cúpula do Mercosul em Assunção, reiterei ao presidente italiano o interesse do Brasil em concluir, o quanto antes, um convénio com a União Europeia que seja equilibrado e que contribua para o desenvolvimento das duas regiões”,afirmou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ao término de um encontro com Sergio Mattarella no Palácio do Planalto, em Brasília.

“Explicitei que o progresso das negociações depende de os europeus resolverem suas próprias contradições internas”, acrescentou.

Por sua vez, o presidente italiano considerou “indispensável chegar rapidamente a uma decisão histórica entre duas grandes realidades de cooperação e sossego, porquê o Mercosul e a União Europeia”.

“O tecido de colaborações entre integrações continentais é um elemento que garante e promove a sossego mundial”, afirmou, de convénio com a tradução para o português de seu oração.

Os dois blocos negociam há mais de duas décadas um convénio de livre-comércio que prevê expelir a maioria das tarifas entre as duas regiões, criando assim um espaço mercantil com mais de 700 milhões de consumidores.

O convénio enfrenta resistência de alguns países europeus, principalmente da França, do qual setor agropecuário teme a concorrência dos produtos agrícolas sul-americanos.

“Medidas porquê a taxa de carbono imposta de forma unilateral pela União Europeia podem afetar cinco dos dez produtos brasileiros mais exportados para o mercado italiano”, alertou Lula.

Na primeira visitante solene de um presidente da Itália ao Brasil em 24 anos, também foram discutidos temas porquê as guerras na Ucrânia e em Gaza, a transição energética e o combate à rafa.

Até sexta-feira, Mattarella tem previstas escalas em Salvador, São Paulo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul, estado que foi devastado pelas inundações em maio.

A visitante ocorre no contexto das comemorações do 150º natalício da imigração italiana no Brasil, que abriga a maior comunidade italiana no exterior, com mais de 35 milhões de descendentes de italianos no território brasiliano.

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