
Advogado diz que Maurício Sampaio se entregou à polícia
Réprobo pela morte do radialista Valério Luiz, o empresário e ex-tabelião Maurício Sampaio se apresentou à Polícia Social nesta quinta-feira (20/6), em Goiânia, segundo o jurista de resguardo dele, Ricardo Naves. O empresário era procurado pela polícia, em seguida a Justiça expedir um mandado de prisão contra ele, na tarde de sexta-feira (14/6).
Em sua página na internet, a Polícia Social informou, na tarde de segunda-feira (18), que realizava buscas “ininterruptas” para prender Sampaio. A resguardo alegava que ele estava em viagem, ao Mato Grosso, em uma de suas fazendas.
De concórdia com informações apurados pela reportagem do PORTAL NG, em seguida se entregar, Maurício Sampaio está passando por exames de corpo de delito no Instituto Médico-Permitido e deve ser guiado para a Delegacia Estadual de Investigação Criminal (Deic).
No dia 14 de junho, a Justiça emitiu um mandado de prisão para o ex-policial militar Ademá Figueiredo Aguiar Rebento, sentenciado por ter disparado contra o radialista Valério Luiz, que foi morto aos 49 anos enquanto deixava a rádio onde trabalhava. Figueiredo se entregou no presídio militar do Setor Marista, em Goiânia, no mesmo dia.
Valério Luiz (foto), rebento do comentarista esportivo Manoel de Oliveira, publicado uma vez que Mané de Oliveira, foi assassinado a tiros em plena luz do dia, no Setor Bela Vista, um dos bairros mais movimentados de Goiânia, em 5 de julho de 2012.
Condenações mantidas pelo TJGO
Os quatro réus foram condenados pelo Tribunal do Júri de Goiânia em 9 de novembro de 2022. Posteriormente, as defesas recorreram ao Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO), mas as condenações foram anuladas pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) em fevereiro deste ano devido à irregularidade no interrogatório de Marcus Vinícius Pereira Xavier, indiciado de participação no planejamento do homicídio, realizado sem a presença da resguardo dos demais réus.
Em 12 de abril, a ministra Daniela Teixeira reconsiderou a decisão, permitindo que o STJ revertesse a anulação do júri e negasse o habeas corpus a Maurício Sampaio. O julgamento no TJGO foi retomado em seguida essa decisão e confirmou as condenações proferidas pelo Tribunal do Júri em 2022.
Com a novidade decisão, o Ministério Público explicou que os pedidos feitos pelo órgão foram parcialmente atendidos pelo TJGO para sentenciar Ademá Figuerêdo Aguiar Rebento à perda do função de policial militar. O tribunal rejeitou, no entanto, o pedido que Djalma Gomes da Silva, absolvido em novembro de 2022, fosse mandado a novo júri.
Segundo o Ministério Público, a morte de Valério Luiz foi motivada pelas críticas dele à diretoria do Atlético Goianiense, da qual Maurício Sampaio, um dos réus, era vice-diretor. Na estação, Valério chegou a ser socorrido pelo Serviço de Atendimento Traste de Urgência (Samu), mas não resistiu aos ferimentos e morreu no lugar.
Maurício Borges Sampaio:16 anos de prisão, uma vez que mandante da realização;
Ademá Figuerêdo Aguiar Rebento: 16 anos de prisão, por participar do planejamento e realização do delito;
Marcus Vinícius Pereira Xavier: 14 anos de prisão, por participar do planejamento e realização do delito;
Urbano de Roble Súcia – 14 anos de prisão, por participar do planejamento e realização do delito.