
Benefícios do INSS podem estar em pacote de corte de gastos, diz Tebet
A ministra Simone Tebet, do Planejamento, ao lado de Fernando Haddad, ministro da Herdade
A ministra Simone Tebet
(MDB), do Planejamento
, afirmou nesta sexta-feira (13) que alguns benefícios do INSS (Instituto Vernáculo do Seguro Vernáculo)
podem entrar no pacote de golpe de gastos do governo federalista. Ontem, o ministro Fernando Haddad (PT), da Herdade, falou em intensificar esta agenda
, citando uma “revisão ampla, universal e irrestrita”.
Na mesma risco de Haddad, a ministra do Planejamento falou dos esforços do Executivo para enxugar os gastos. “A gente já vinha fazendo um trabalho, e agora vamos intensificar. Ao invés de a equipe se reunir duas vezes por semana, é para se reunir todos os dias, duas horas por dia, e já no final de junho apresentar um cardápio com possibilidades”, disse Tebet, em entrevista ao “O Mundo”.
“Tudo está na mesa, zero está interditado, a não ser a valorização do salário mínimo e a desvinculação da aposentadoria (do salário mínimo). Quando a gente fala de desvinculação, a gente não fala da aposentadoria, mas dos outros benefícios temporários”, acrescentou.
Ao ser questionada sobre quais benefícios poderiam ser cortados, Tebet citou alguns e não descartou mexer na previdência dos militares. “A lei fala BPC (Mercê de Prestação Continuada)
, abono salarial
, seguro-desemprego,
auxílio-doença
… Vamos ver porquê a gente pode modernizar. Eu tenho ‘N’ possibilidades, eu tenho uma avenida. Essa avenida pode virar uma rua mais estreita sob a ótica da vontade política, mas mesmo assim é uma rua onde vai poder passar muita coisa”, especificou.
Apesar de reportar alguns exemplos, Tebet reforçou que as possibilidades precisam ser debatidas com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva
(PT) e com o Congresso Vernáculo. “Vamos limpar, sob a ótica do que é viável politicamente, o que atenderia a vontade não só do presidente Lula, mas também do Congresso Vernáculo. Esse filtro a gente ainda não fez. Se eu permanecer muito focada na desvinculação, dá a entender que é a primeira medida, e não é”, reforçou.
“Lula não interdita o debate”
Tebet afirmou que sabe exatamente porquê será a reação de Lula sobre a revisão de benefícios. A ministra, por outro lado, declarou que o presidente não “interdita o debate”.
“Não podemos querer do presidente um oração que ele não tem. O foco do presidente sempre foi o social. E ele deixa para equipe econômica expressar que, para ter social, tem que ter estabilidade fiscal. Logo é da origem do presidente Lula. Todo mundo sabe que é assim. Mas, ao mesmo tempo, nos bastidores, ele não interdita o debate”, comentou.
“O presidente fala: protejam os pobres. Ele é corajoso o suficiente para enfrentar o poderio econômico, isso ninguém discute. Nós vamos mostrar para o presidente que é verosímil trinchar gastos de privilégios. Não estou dizendo que vamos conseguir seguir com os supersalários, mas tem que estar na mesa. Uma legislação previdenciária que, ainda que de forma gradual, atinja os militares”, acrescentou.
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