Lojistas cobram apoio do estado para reerguer seus negócios

Depois da enchente histórica que paralisou boa segmento do transacção em Porto Contente, as águas do Guaíba começam a recuar, e os empreendedores se assustam com a dimensão dos estragos deixados pela enchente. Mesmo sem virilidade elétrica, os trabalhadores voltam para seus estabelecimentos em um esforço de organizar e reestabelecer suas lojas.

Entretanto, muitos empreendedores notam as dificuldades em fazer isso. “Do jeito que está, vou levar a semana toda para poder organizar, limpar e montar a loja novamente”, disse Vespasiano de Menezes Neto, gerente de uma farmácia próxima ao Mercado Público da capital. No espaço ainda impregnado pela vasa, a chuva chegou a subir 1,5 metros. Ele conta que tentou subir as prateleiras, mas a inundação inutilizou 70% das mercadorias, sem racontar equipamentos de informática e mobiliários. “Se todo mundo tivesse feito a sua segmento, isso não teria sucedido. Ninguém acreditava nessa imensidão de chuva, mas eles [poder público] tinham essa informação muito antes disso”, reclama.

Os lojistas comentam que esperam receber o espeque do poder público para se reerguer, pois a dimensão dos estragos foi muito grande. “A gente depende dele [poder público]. Se não der espeque, ferrou. Tira imposto, qualquer coisa assim. Não tenho nem teoria, tchê, do prejuízo que tive. A gente está começando a limpar, botei metade da loja na rua, depois a gente vai saber uma vez que ficou a coisa”, afirmou Paulo Roberto, proprietário de uma ótica na Avenida Otávio Rocha.

Vidraçaria Lajeadense obrigada a suspender parcialmente as suas operações. A região de Lageado foi uma das mais afetadas pela catástrofe. Foto: divulgação/FIERGS

Transacção no Rio Grande do Sul

Segundo levantamento da Federação do Transacção de Bens e Serviços do Estado (Fecomércio-RS), 46 cidades em estado de calamidade pública concentram 41,6% do Resultado Interno Bruto (PIB) do Rio Grande do Sul. Em soma a isso, as perdas das empresas gaúchas, sem a inclusão de MEIs, com relação a imóveis, estoque, maquinário e móveis podem chegar a R$ 10 bilhões.

De entendimento com a Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (FIERGS), mais de 50 milénio fábricas foram prejudicadas em maior ou menor proporção, número que corresponde a mais de 86% do parque fabril de todo o estado.

Entre as medidas anunciadas pelo governo para facilitar os trabalhadores, está a prorrogação dos prazos de vencimento dos tributos federais e das parcelas pagas pelos contribuintes dos municípios em estado de calamidade pública.

Os prazos de vencimento das parcelas dos programas de negociação de dívidas foram adiados pela Procuradoria Universal da Herdade Pátrio (PGFN), assim uma vez que os atos de cobrança da dívida ativa da União, que foram suspensos por 90 dias. O pagamento de tributos apurados no Simples Pátrio também foi prorrogado.

Ou por outra, a Secretaria da Herdade (Sefaz) flexibilizou o pagamento de tributos previsto no projecto estadual, enquanto a prefeitura de Porto Contente prorrogou o vencimento de tributos uma vez que o ISS, IPTU e TCL.

O movimento “compre de marcas gaúchas” está crescendo cada dia mais nas redes sociais. A teoria é concordar os negócios da região para ajudar na reabertura desse mercado. Algumas dessas marcas são: Pirahy, Blue Ville, Santa Clara, Isabela, Orquídea, Piá e Aida Gasperin no ramo de víveres. Quanto a bebidas, algumas das mais conhecidas são Fruki e Bamboo. Já em vestuário, calçados e acessórios se encontram Yamis, Dakota, Biamar, Ateliê Bodo e Chica Bolacha.

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