Maioria das empresas não mede diferença de salário entre gêneros, diz pesquisa

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Maioria das empresas não mede diferença de salário entre gêneros, diz pesquisa

Uma pesquisa realizada com 70 executivas no Brasil apontou que 67% das empresas em que elas atuam não fazem a mensuração da diferença de salário entre homens e mulheres. Para 48% das entrevistadas, a pressão por redução de custos é o principal duelo que dificulta a promoção de uma remuneração justa. O levantamento foi elaborado pela KPMG durante um encontro anual de lideranças corporativas femininas, realizado neste mês.

De pacto com 83% das entrevistadas, as empresas em atuam não têm metas de variação atreladas ao desempenho e à remuneração da diretoria. Questionada sobre a adoção de estratégias para implementação de políticas de remuneração justa, 24% declararam que a organização não a faz.

Paridade salarial é obrigação das empresas

A prestação de contas sobre critérios remuneratórios e diferença de salário entre mulheres e homens passou a ser obrigatória a partir da publicação do Decreto nº 11.795/2023, em novembro do ano pretérito, que regulamentou a Lei nº 14.611, de 2023. Todas as empresas com 100 ou mais funcionários devem entregar semestralmente o Relatório de Transparência Salarial e de Critérios Remuneratórios. O preenchimento é feito por meio do Portal Emprega Brasil.

As informações serão usadas para verificar eventuais diferenças de salário entre mulheres e homens que ocupam o mesmo missão. O prazo para a entrega dos primeiros relatórios venceu em 8 de março
, mas muitas empresas e associações entraram com ações na Justiça contra a obrigatoriedade.

Desafios das mulheres no trabalho

Durante o encontro promovido pela KPMG
, as líderes também foram perguntadas sobre os principais desafios que as mulheres enfrentam no mundo corporativo para conciliar curso e família. A resposta mais citada (56%) foi o acúmulo das obrigações profissionais com o trabalho não remunerado de zelo (tempo devotado aos filhos, idosos, enfermos etc.).

Para mais da metade das entrevistadas (53%), uma política de flexibilidade no trabalho seria uma das ações mais eficazes para estribar as mulheres a conciliar curso e família.

Sobre os principais fatores de sucesso para as carreiras de liderança feminina, 57% afirmaram que o conhecimento técnico e habilidades gerenciais são os mais relevantes.

Foto: Brasil com S

Mulheres e trabalho: desafios para conciliar profissão e tarefas em lar

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