
Comércio global marca reunião tensa entre líderes da China e da UE
O presidente da França, Emmanuel Macron, e o presidente da China, Xi Jinping, no Palácio do Eliseu, em Paris
Ludovic MARIN
Desentendimentos comerciais marcaram, nesta segunda-feira (6), a primeira visitante à Europa desde a pandemia de covid do presidente chinês, Xi Jinping, que rejeitou as preocupações de seu homólogo gaulês, Emmanuel Macron, e da superintendente da Percentagem Europeia, Ursula von der Leyen.
Embora os três líderes reunidos na sede da Presidência francesa, em Paris, parecessem querer progredir na mesma direção sobre a guerra na Ucrânia, não tentaram paliar as tensões comerciais.
A União Europeia teme permanecer presa entre as economias subsidiadas dos Estados Unidos e da China e, nos últimos meses, aumentou as investigações sobre os auxílios estatais de Pequim a diversas indústrias, uma vez que a dos automóveis elétricos.
A UE “não hesitará em tomar decisões firmes” para “proteger sua economia e sua segurança”, disse Von der Leyen nesta segunda-feira.
Já o presidente gaulês defendeu no início da reunião relações comerciais “equilibradas” com a China.
“O chamado ‘problema de excesso de capacidade da China’ não existe nem do ponto de vista da vantagem comparativa nem à luz da procura global”, respondeu o líder comunista, segundo uma nota do Ministério das Relações Exteriores chinês.
Os inúmeros conflitos comerciais entre os dois lados podem terminar com um aumento das tarifas.
Em uma entrevista ao semanário La Tribune Dimanche, Macron reconheceu, no entanto, que os europeus não são “unânimes” sobre qual estratégia adotar, se referindo veladamente à Alemanha, acusada de querer preservar as suas exportações de automóveis para a China.
Pequim, que considera as medidas europeias “protecionistas”, também lançou a sua própria investigação contra os subsídios estatais, em privado ao conhaque gaulês, aos quais Macron se opõe sob pressão da indústria.
Depois de uma reunião bilateral entre Xi e Macron, leste último agradeceu ao seu homólogo chinês o “libido de não ver” medidas provisórias aplicadas contra leste típico bagaceira gaulês, do qual lhe deu três garrafas.
A primeira viagem solene de Xi à Europa desde 2019, que o levará também à Sérvia e à Hungria, coincide com o 60º natalício das suas relações diplomáticas com a França, que é vista uma vez que uma “potência de estabilidade” entre Pequim e Washington.
Além das reuniões, ambos os presidentes passaram em revista as tropas no Hotel des Invalides e participaram de um fórum empresarial franco-chinês, antes de um jantar de Estado organizado por Macron em homenagem a Xi no Palácio do Eliseu.
– Papel da China na Ucrânia –
Ao contrário do transacção, os líderes destas duas potências nucleares e econômicas mostraram maior proximidade na teoria de depreender a sossego na Ucrânia, mormente quando Macron considerou “decisiva” a coordenação com Pequim em “grandes crises”.
O superintendente de Estado gaulês agradeceu-lhe por concordar uma “trégua olímpica” em todos os conflitos por ocasião dos Jogos Olímpicos agendados para julho e agosto em Paris, e por seus “compromissos” de “se refrear de vender armas” à Rússia.
Xi Jinping alertou que não se deve “desprestigiar” seu país em relação ao conflito na Ucrânia, onde desempenha, em sua avaliação, um “papel positivo” para depreender uma solução pacífica.
“Nós nos opomos a que se use a crise ucraniana para culpar outros, desprestigiar um país terceiro e iniciar uma novidade Guerra Fria”, disse o presidente chinês, em menção às críticas ocidentais.
Suas declarações ocorreram durante fala à prelo, sem perguntas autorizadas para jornalistas, ao lado do contraparte gaulês.
Xi garantiu que a China “não faz segmento” do conflito e que “sempre desempenhou um papel positivo na procura pela sossego”, embora tenha alertado contra qualquer tentativa de “desacreditar” Pequim em relação à crise ucraniana.
“O presidente Xi desempenhou um papel importante na redução das ameaças nucleares irresponsáveis da Rússia e confio que continuará a fazê-lo”, sublinhou Von der Leyen, horas depois de Moscou ter ordenado a realização de exercícios nucleares em um “horizonte próximo”.
A França procura prometer que a China, principal aliada do presidente russo, Vladimir Putin, não apoie os seus esforços de guerra e utilize os seus laços com Moscou para contribuir para a solução do conflito, que se intensificou com a invasão russa da Ucrânia em fevereiro de 2022.
A guerra na Ucrânia também poderá estar no menu do almoço marcado para terça-feira no ‘Col du Tourmalet’, na região dos Pireneus, um refúgio mais informal e pessoal de Macron, onde passava as férias de puerícia com a avó.
Sobre a delicada questão dos direitos humanos, Macron diz que prefere discutir “desentendimentos a portas fechadas” e não fazer de Taiwan uma prioridade, apesar de a ilhéu estar no meio de fortes tensões entre os Estados Unidos e a China.
Grupos de direitos humanos, que acusam a China de reprimir a minoria muçulmana dos uigures e de prender dezenas de jornalistas, pediram que o presidente gaulês aborde estas questões nas reuniões.
No domingo, murado de 2.000 manifestantes, segundo a polícia, também exibiram uma bandeira tibetana em Paris, acusando Xi de ser um “ditador” e de querer extinguir a cultura sítio na região do Tibete.