Marina Silva e outras lideranças retornam à COP29 para salvar reta final de negociações

Uma das mais experientes figuras em negociações difíceis nas COPs, Marina Silva, Ministra do Meio Envolvente e Mudança do Clima do Brasil, está em trânsito para o Azerbaijão, acompanhada do emissário André Corrêa do Lago, conforme informou à EXAME a assessoria de prensa do Ministério.

O retorno já previsto engrossa o vaivém de autoridades que deixaram a COP29 rumo ao G20, uma vez que o perito em clima e encarregado da delegação dos EUA na Cúpula de Baku, John Podesta. Porém, carrega peso suplementar, já que a estratégia de ter esses representantes no G20 para pressionar escora às ações climáticas na reunião de líderes não surtiu todo o efeito esperado.

Havia grande expectativa de que a repercussão da reunião brasileira influenciasse o ritmo de negociações no Azerbaijão, que caminham com morosidade e sob pressão pró-combustíveis fósseis, reforçada de forma explícita pelo presidente azerbaijano Ilham Aliyev, e de maneira implícita pela massiva presença de lobistas do setor pretoleiro pelos corredores da Conferência.

Agenda tímida em Dubai, paralisada em Baku

Depois de Aliyev invocar petróleo e gás de “presente de Deus”, o Azerbaijão deu a entender na última segunda-feira, que não deverá promoverá mudanças  em sua própria meta climática – em setembro deste ano, portanto dois meses antes da COP29, o país sede já havia recebido duras críticas da ONU, “pelos esforços climáticos severamente insuficientes”.

Daí a relevância de estarem de volta, veteranos uma vez que Marina Silva, Podesta e uma lista que inclui, desde segunda-feira, 18, nomes uma vez que Ed Milibrand, secretário britânico para Segurança Energética e Net Zero, Annalena Baerbock, Ministra das Relações Exteriores da Alemanha, Sophie Hermans, Vice-primeira-ministra e Ministra da Política Climática e Incremento Verdejante da Holanda, e Dion George, Ministro do Meio Envolvente, Florestas e Pesca da África do Sul.

Nos próximos dois dias, é sobretudo pelas mãos desta tropa multinacional que se esperam finalmente os avanços no conciliação final de próximos passos da transição energética, da transmigração para fontes mais sustentáveis até 2050 – agenda timidamente acordada na COP28 em Dubai, que encontra-se praticamente paralisada na 29ºConferência – e dos imprescindíveis financiamentos.

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