Mudanças climáticas agravam situação de refugiados e deslocados, aponta ONU
As mudanças climáticas estão intensificando os desafios enfrentados por milhões de pessoas deslocadas por conflitos e perseguições. A informação é do novo relatório da Dependência da ONU para Refugiados (ACNUR), que destaca que a falta de financiamento climatológico adequado impede adaptações essenciais para prometer a sobrevivência dessas pessoas.
O documento, feito em colaboração com 13 organizações e instituições de pesquisa lideradas por pessoas refugiadas, aponta que as questões climáticas impactam pessoas já em vulnerabilidade socioeconômica para situações ainda mais graves.
De entendimento com o relatório, intitulado “Sem evasão: na risco de frente das mudanças climáticas, conflito e deslocamento forçado”, mais de 120 milhões de pessoas estão deslocadas em todo o mundo .
Desse totalidade, 75% vivem em regiões altamente vulneráveis às mudanças climáticas. Metade dos refugiados enfrenta não só conflitos, mas também eventos climáticos extremos, uma vez que acontece na Etiópia, Haiti, Mianmar, Somália, Sudão e Síria.
A projeção é de que, até 2040, o número de países expostos a extremos climáticos aumente de 3 para 65, grande segmento deles com significativa população de refugiados. Para 2050, a maior segmento dos campos e abrigos de refugiados deve enfrentar o duplo de dias de calor extremo por ano , uma pressão a mais sobre esses locais que já possuem recursos limitados.
Desafios da crise climática
O relatório também detalha uma vez que os desastres climáticos agravam o deslocamento forçado. No Sudão, os conflitos internos levaram milhões de pessoas a fugir, incluindo 700 milénio que buscaram refúgio no Chade. O país, que já enfrenta o impacto climatológico há décadas, encontra agora dificuldades para sustentar os novos refugiados.
Outro caso é o dos refugiados de Mianmar no Bangladesh, onde as inundações e ciclones frequentemente afetam as novas comunidades. Atualmente, 72% dos refugiados do Sudeste Asiático estão em Bangladesh, enfrentando riscos naturais extremos.
Grace Dorong, ex-refugiada e ativista climática do Sudão do Sul, expressa preocupação sobre a situação: “Espero que as vozes neste relatório ajudem os tomadores de decisão a entender que, se não forem abordados, o deslocamento forçado e os efeitos multiplicadores das mudanças climáticas piorarão”, diz. “Mas, se nos ouvirem, podemos fazer segmento da solução também”.
Financiamento inadequado
O relatório destaca a discrepância no entrada ao financiamento climatológico: países altamente vulneráveis e devastados por conflitos recebem exclusivamente muro de US$ 2 per capita em financiamento climatológico anual , enquanto estados não frágeis obtêm até US$ 161. Outrossim, em estados frágeis, a maior segmento dos recursos é concentrada nas capitais, deixando outras áreas sem o suporte necessário para enfrentar os efeitos climáticos.
O relatório do ACNUR foi apresentado na COP29, em Baku, onde a ONU reforçou o pedido por um aumento urgente no financiamento climatológico para estribar pessoas em situação de deslocamento forçado e as comunidades de protecção, muitas vezes deixadas de fora das principais políticas globais de investimento e suporte climatológico.